2.3.07

Aquele nó no peito

O som das gargalhadas vem da sala e abafa a marcação do gotejar do ar condicionado do vizinho de cima sobre a veneziana do quarto. Cercada de barulho eu me protejo da angústia que toma conta de qualquer um ao ler que uma menina ficou paraplégica e um homem teve uma perna amputada. Ambos são vítimas de um tiroteio em São Paulo. No Rio, três franceses de uma ONG foram assassinados brutal e absurdamente por um ex-atendido pela mesma ONG. Mortes que reforçam os clamores pró-pena de morte - que, a meu ver, nada resolveria em termos de violência.
Quero mergulhar nas águas cristalinas-mas-não-tão-limpas-assim. O mar andou lindo nesses dias e vai afastar um pouco dessa dor, dessa angústia solidária e impotente que só acaba se o mundo mudar, melhorar e tentar tornar a vida apenas um pouco feliz.

3 comentários:

Jôka P. disse...

Era a favor, mas até passei a a ser contra a pena de morte, Olga.
Agora sou pela prisão perpétua, numa prisão bem,mas beeeeem nojenta, pra esses bandidos cruéis apodrecerem na cadeia.

Olga de Mello disse...

Também acho que prisão perpétua com trabalhos forçados uma pena mais que razoável, Jôka. A inutilidade dos detentos na cadeia só serve para graduá-los em criminalidade.

Kristal disse...

Eu já prefiro a pena de morte por afogamento, Olga. Batata !
Colocava esses merdinhas em um barco, levava para bem longe e afundava. Pluft ! Tchibum...
O problema é que iria poluir a água do mar com esses nojentos e fedorentos.