15.3.07

Pressa


Semana tumultuada. A canícula tá de matar, a casa inteira desaba em viroses múltiplas, um monte de coisas a fazer, trabalho acelerado, fechamento de revista, de jornal e início de um relatório de responsa brabo.
No meio tempo, fui a Paraty, conheci, caminhei muito, cortei e sujei o pé, imaginei que ali começaria uma nova fase caminhante, porque adquirir hábito pra mim é igual a largar dependência química, tem que ser no embalo. Quando eu era fumante torcia muito pra largar o cigarro depois que a gripe que me impedia de fumar acabasse. Lógico que não deu certo, deixei o cigarro numa sexta-feira, véspera de Carnaval, indo pra Sapucaí fazer desfile de escolas-mirim. Foi a última vez em que fumei oficialmente, quase dez anos atrás. Depois, dei umas tragadas, fumei, estourando, nesse tempo todo, uns seis cigarros, tomando o cuidado de nunca acender o segundo, pra não voltar pro vício.
Caminhar também segue a intenção de pegar no tranco. Desta vez, não pegou.
A estrada até Paraty é deslumbrante, de cair o queixo, apesar da distância, que parece aumentar no ônibus parador. Quatro horas e meia de chão. Trecho final doloroso pra quem enjoa em carro como eu. A cidade estava um forno crematório, tão quente quanto o Rio. Preciso voltar sem tanta correria de trabalho.

Nenhum comentário: