17.9.05

Reino da bicharada

Gatas, como mulheres que convivem diariamente, têm ciclos hormonais coincidentes. Pensava que isso só acontecia com primatas. Duas das quatro gatas - Jolie e Gal - estão no cio e se alternam em lamentos ruidosos dia e noite pela casa. Assim que acabar o cio delas, começa o da Mel. A caçula, Bela, ainda é pré-adolescente. Corre pelo apartamento inteiro, brinca de morder os artelhos que encontrar pela frente, já que as outras moças não lhe dão bola, ansiosas que estão para arrumar um namorado.
Tentamos, uma vez, providenciar um amante para elas. Garfield, vira-lata siamês, foi trazido para um encontro. Assustou-se com o ímpeto das gurias. Continuam todos virgens. Elas, desesperadas, irritadíssimas. Quando todas estiverem fora "daqueles dias", a gata do vizinho inicia o dela.
Ou seja, ouço miados sofridos o tempo todo.
Os pássaros se dividem em três gaiolas, depois que, hoje cedo, libertamos uma rolinha que apareceu na varanda e foi atacada pelas gatas. Júlia passou água oxigenada, deu comidinha e, constatando a melhora, dei alta para a coitada. É uma das muitas que volta e meia surge por aqui desde que Júlia inventou de deixar alpiste para elas nos beirais das janelas. Um dia contei oito rolinhas entrando no apartamento. Acabei com a festa da passarada, mas continuo com o casal de periquitos, o casal de rolinhas chinesas, uma mandarim (o macho morreu) e dois agapornes. Hoje, descobri o filhotinho morto no ninho. Esquecemos de separar o macho da fêmea. Há ainda dois ovos no ninho, não sei se vingarão.
Azulão, o peixe, e Valentina, a tartaruguinha, vão bem.

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