20.1.07

O santo do Rio


Sebastião, o mártir, é o patrono ideal para uma cidade aguerrida como o Rio, dúbia como ele, que se confundia no imaginário português com um rei santo deles. Por isso, teria vindo ao Rio, expulsar os franceses da baía que foi descoberta em seu dia, mas confundida com um rio pelos portugueses que nela entravam. O local nasceu rio antes de ser mar e virou cidade por causa dos franceses que tentaram nela se fixar.

Um dia me disseram ser filha de Oxóssi, que, pros cariocas, é Sebastião (na Bahia, é Jorge, parece, outro dos "meus" santinhos. Francisco completa o trio, pois nasci no seu dia). Devem estar certos. Afinal, meu santo é forte, é sofrido, é marcado, protege as matas, é mitológico e, ultimamente, da devoção dos gays. É ou não o santo mais carioca que poderíamos escolher?

Como Sebastião, que sobreviveu às flechadas dos inimigos dos cristãos, os cariocas sobrevivem, diariamente, à barbárie dos que odeiam a cidade muy leal e heróica, batizada em homenagem a um santo corajoso, que nunca fugiu da luta.

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