12.10.07

Um político muito conveniente



Este foi o ano de Al Gore. Ganhou Oscar e Nobel, além de ser agraciado com mais uns mimos pela série de alertas contidos nas palestras que redundaram em "Uma Verdade Inconveniente". Tudo bem que se Gore tivesse sido presidente dos EUA não haveria o atentado de 11 de setembro, porém outras coisas horríveis teriam sido perpetradas em nome de valores que são utilizados por quem invade países, comete atos terroristas, não importando se participam de governos constituídos livremente ou pela força de golpes, nem se pertencem a entidades dedicadas a espalhar ideologias que nem todos os povos aceitam, sejam religiosos ou não.
A verdade é que Al Gore fez algo muito mais importante pelo mundo do que se fosse presidente dos poderosos EUA. Em 92, quando vice de Clinton, ele esteve aqui no Rio, na Eco. Era bonitão e articulado, mas não assinou a Carta do Rio. Fora do governo, pôde se dedicar a causas planetárias e, definitivamente, deu uma boa balançada na turma que decide as coisas no hemisfério Norte.
Gore divide o prêmio com o órgão da ONU que trata das mudanças climáticas.
A safra do Nobel deste ano está boa, com Doris Lessing, mais uma lutadora pelos direitos humanos, na Literatura.

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