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Está chegando a noite do Oscar, aquela cafonalha maçante que todo mundo critica e assiste para ver astros velhinhos e esquecidos, estrelinhas jovens com roupas estranhas e a premiação de blockbusters que nem sempre são os melhores filmes do ano.
Assisto religiosamente ao Oscar desde 1974, quando o mestre de cerimônias era David Niven, que reagiu aristocraticamente ao aparecimento de um homem pelado, correndo, palco adentro. Era a época dos strikers, uns malucos que saiam nus pelos cenários mais insólitos, em protesto contra o status quo. Niven, então o britânico de plantão em Hollywood, feio e charmosérrimo, soltou aquele olhar irônico e fechou a festa. Se sabia ou não do striker, impossível dizer. Era bom ator.
A entrega dos prêmios está cada vez mais tediosa, porém continua imperdível, contando há anos com a velocidade das informações de Rubens Ewald Filho, sempre pronto a tecer os mais impertinentes comentários sobre cabelos, feições e modelitos das estrelas. Este ano podem surgir diversas zebras na premiação, aliás, um dos sinais que a indústria anda atônita com os rumos do cinema. O mestre de cerimônias será o chato do Jon Stewart, todos dirão que é uma honra ser indicado, a orquestra tentará cortar o discurso dos vencedores, que agradecerão aos agentes e a um monte de produtores, sem esquecer de mandar um beijo para o filho que acompanha o espetáculo em casa, pela televisão.
E os filmes? Palpites à parte, fiquei encantada por "Atonement", apesar de continuar achando Kiera Knightley uma jovem simpática e interessante e só. O filme é grandioso, cinemão da estirpe de David Lean, envolvente. James McAvoy é maravilhoso - tô de olho nesse menino desde "As Crônicas de Nárnia", em que ele era um fauno -, a menina irlandesa Saoirse Ronan, sensacional, fotografia divina, aquele plano imenso pra bater recorde de tempo sem troca de câmera espetacular, o vestido verde da Kiera, o máximo. Elenco e trilha sonora envolvem o espectador com o cuidado de uma sedução bem planejada, arquitetada para a conquista. Sem contar que a história é bem elaborada, com toques de preconceito e sensualidade na dose exata. O filme é tão bem feito que parece que ter o propósito de agradar a Academia. Mas funciona bem, apesar da injustiça de não terem indicado o protagonista para prêmio.
Os outros? Ah, vamos ver o que rola, né?
2 comentários:
Olga, há alguns anos já enjoei de ver entrega de Oscar, assim como entojei de Big Brother e da National Geographic Chanel.
A única coisa que ainda me fascina é assistir concursos de miss.
Tá bom, nem precisa dizer nada.
Eu sei o que você está pensando.
;)
Você é um pândego, Jôka!!!! Rssss!!!!
Eu AMO concurso de miss. é muito brega.
Mas Big Brother faz mal à saúde.
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