Meus filhos já passaram por diversos colégios pelos mais diferentes motivos. Mudança de bairro, de cidade, mensalidades impossíveis de serem pagas. A cada mudança, lá vinha um histórico escolar novo, cheio de notinhas ou conceitos.
Este ano, os dois mudaram de escola - e não dá para deixar de bradar, orgulhosa, que Hugo foi para o Pedro II. Requeri os históricos e tive a surpresa de constatar que, devido à passagem deles por uma escola municipal, não constavam dos documentos notas ou conceitos obtidos nos anos anteriores em outras instituições de ensino. Na primeira página do histórico havia apenas a informação do sistema de conceituação adotado pelos outros colégios. No verso, onde deveriam estar as notas, apenas um registro de que eles haviam cursado determinadas séries.
Descobri que este é um sistema consagrado pelo município do Rio de Janeiro. Ou seja, a exigência de discriminação das notas dos alunos pelo Ministério de Educação é desprezada pela prefeitura carioca, que se jacta de ter a maior rede de ensino do mundo, com mais de mil unidades distribuídas pela cidade. Isso porque, disse-me uma funcionária, "imagina se fôssemos digitar nota por nota de cada aluno"? Quando argumentei que os colégios particulares o fazem, ela redarguiu: "Mas são particulares, ora".
Perguntei, então, o que deveria fazer para conseguir históricos completos de meus filhos, se haveria necessidade de abrir um processo administrativo com a solicitação. Não, em quinze dias posso pegar os documentos, que estarão prontos. Afinal, eu fui lá, falei grosso e consegui quebrar o sistema. Que deveria funcionar para me atender, sem necessidade de reclamações.
Este ano, os dois mudaram de escola - e não dá para deixar de bradar, orgulhosa, que Hugo foi para o Pedro II. Requeri os históricos e tive a surpresa de constatar que, devido à passagem deles por uma escola municipal, não constavam dos documentos notas ou conceitos obtidos nos anos anteriores em outras instituições de ensino. Na primeira página do histórico havia apenas a informação do sistema de conceituação adotado pelos outros colégios. No verso, onde deveriam estar as notas, apenas um registro de que eles haviam cursado determinadas séries.
Descobri que este é um sistema consagrado pelo município do Rio de Janeiro. Ou seja, a exigência de discriminação das notas dos alunos pelo Ministério de Educação é desprezada pela prefeitura carioca, que se jacta de ter a maior rede de ensino do mundo, com mais de mil unidades distribuídas pela cidade. Isso porque, disse-me uma funcionária, "imagina se fôssemos digitar nota por nota de cada aluno"? Quando argumentei que os colégios particulares o fazem, ela redarguiu: "Mas são particulares, ora".
Perguntei, então, o que deveria fazer para conseguir históricos completos de meus filhos, se haveria necessidade de abrir um processo administrativo com a solicitação. Não, em quinze dias posso pegar os documentos, que estarão prontos. Afinal, eu fui lá, falei grosso e consegui quebrar o sistema. Que deveria funcionar para me atender, sem necessidade de reclamações.
4 comentários:
Olga, esse ter que falar grosso é cada vez mais constante para tudo no brasil, e realmente já encheu o saco...
Oi, Miguel! A vida não é tão doce para nós, os que enfrentamos a imbecilidade dos tecnocratas.
Apareça sempre, tá?
Mas aqui em BH problemas semelhantes acontecem, já que as escolas municipais daqui seguem a mesma... hã... "metodologia" de atribuição de conceitos. São os tecnocratas que acreditam ter inventado a roda. Muito difícil de suportar...
Essas coisas me desanimam tanto, mas tanto...
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