Não há beleza (meio acabadinha) de Richard Gere que justifique uma ida ao cinema para assistir a Noites de Tormenta. Ele e Diane Lane voltam a contracenar como par romântico num draminha tão mal ajambrado quanto deve ser o romance original de Nicholas Sparks, um daqueles escritores que ganham fortunas escrevendo best sellers bregas e previsíveis para senhoras sonhadoras. Sparks é autor de outros livros que viraram filmes de quinta, como Message in a Bottle, com o Kevin Costner, O Diário de Uma Paixão, com Gena Rowlands (Ah, se o Cassavettes estivesse vivo...), e ainda um em que o casal apaixonado é bem jovem, com a Mandy Moore. Acho que é Um Amor para Recordar, filme que todas as amiguinhas adolescentes de meus filhos acham lindo e os garotos execram.
O filme não tem direção, os atores estão soltos em sua própria canastrice. Gere, a caminho da terceira idade, de rinsage para disfarçar os cabelos totalmente brancos, alterna o homem sensível com o traumatizado. Lane, a intérprete oficial das mulheres maduras de Hollywood, deveria devolver a indicação de Oscar que já recebeu. Os diálogos são de uma breguice dolorosa. Atormentador também foi assistir a outro filmeco, desta vez russo, Sereia, historinha na forma para agradar a cinéfilos jovens, em busca de uma imagem sujinha e um cineminha "sincero". Feito para ganhar aplausos de platéia deslumbradinha. E só.
3 comentários:
ops, deste modo nem sofro por não ver este filme! melhor ver este desfile barbaro de vestidos!!!
olga, olga...
eu queria mesmo era ir para o teatro!
um beijo.
Dramas americanos... Ou melhor, filmes americanos que não sejam "cinema-de-evento" estão em sua maioria cada vez mais tolos, apostando na ignorância da platéia. Dão preguiça só de olhar o poster.
Cruzes! Então está decidido: não verei!
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