17.10.08

O lar













A casa revela a alma de seus moradores.
Vitoriana, mas não austera, assim é minha alma.
Colorida como um filme do Almodóvar, com chitas cobrindo estofados estourados por gatos.
Estantes sóbrias, de boa madeira, convivem com outras mais ordinárias, revestidas por pátina.
Em cada prateleira se acumulam livros e lembranças afetivas. Objetos herdados, presenteados ou adquiridos por pura simpatia. E assim que eles conquistam seu espaço, marcam um território emocional que não pode mais viver sem as presenças imóveis e tão repletas de vida.
A casa explode em luz e se apresenta em fotos trêmulas, tiradas com uma câmera sem visor. Uma experiência semelhante às fotografias que cegos batem. O enquadramento é no instinto, guiado apenas pela esperança de captar os bons momentos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Uma graça!

Olga de Mello disse...

Só falta vc vir conhecer, Alexandre. Beijo!

Anônimo disse...

sua parede está laranja? tenho pensado em arriscar... beijo
Marina

Olga de Mello disse...

Uma das paredes é laranja. Mas isso só funciona bem em ambientes amplos.
beijo, Marina.