Sou mãe de um visionário.
Sou mãe de um moicano.
Sou mãe do Recruta Zero.
Sou mãe da Nina Hagen.
Quando acaba o horário de verão, sinto que está terminando a estação de absoluto tumulto em minha vida.
O fim de um período agitado, com ocupação média de 150 por cento da casa - três hóspedes, mais dois moradores no momento honorários, além dos três efetivos.
Muito calor, correria pra trabalhar. Toneladas de comida. Adolescentes barulhentos e belicosos por todos os lados.
Quando eles se vão, já não me parece mais que a casa está silenciosa e vazia. Os que aqui vivem trazem mais amigos (neste exato momento, há sete visitantes. SETE!), os estoques de alimentos e bebidas permanecem nos mesmos níveis que os de uma cidade pilhada por piratas famintos.
Aos poucos, a rotina tranquila e tediosa invadirá novamente meus dias.
E o verão, com suas disputas territoriais, escassez de víveres, desordem e demonstrações explícitas de ânimos exaltados, torna-se uma era lendária de lembranças ternas e harmoniosas.
A saudade se molda sobre sentimentos, nunca sobre experiências verdadeiras.
2 comentários:
Grande verdade, Olga!
Conheço bem essa experiência.
Beijo.
Miga fala não, aliás passei a odiar biscoitos !!!!!!
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