4.9.09

Ao esmorecer do inverno



Às vezes, minha impressão é que terei um fim rápido. Uma doença devastadora, dessas que tomam o corpo em dias e acabam com a vida sem dar tempo de entender, de correr atrás de reparações ou de arrumar a casa pros outros. Das que não permitem sequer arruinar os dias de quem vai sobreviver. Um mal que deixa todos estupefatos.
Não sei se é esta a morte que eu desejo ou mereço. Merecer a morte, quem a merece? Sei apenas que nunca me conformarei em partir tão cedo. Porque amanhã sempre há o que fazer, ver, desejar, ler, sonhar.

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