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O romance de Evelyn Waugh, apesar da imagem forte de Sebastian carregando um ursinho nos braços, era mais do que o amor do menino mimado por um esforçado colega de classe média que se apaixona também por sua irmã. Falava na dualidade das paixões e na culpa católica - que parece ser mais pesada para os britânicos do que para os latinos em geral.
A mansão Brideshead é pesada, opressora e o símbolo de todo o poder que encanta Charles Ryder, o protagonista que se envolve com o casal de irmãos. No filme de Julian Jarrold, no entanto, é difícil perceber o drama com todas as nuances que a época imprimia. O controle de adultos pela família, a religião norteando comportamento, as tradições arraigadas e a hipocrisia do mundo pré-Segunda Guerra Mundial não chegam ao espectador como para o leitor. Emma Thompson como a matriarca tirana, que ganhou um daqueles papéis para brilhar, não amedronta como faria uma Helen Mirren ou uma Judi Dench - que talvez sejam idosas demais para a personagem. Mathew Goode é lindo e até segura Charles Ryder, mas a gente não consegue deixar de imaginar que Hugh Grant já encarnou figuras semelhantes, 20 anos atrás, com resultado melhor.
O problema do filme é que a história é maior do que ele. E que a gente fica sempre à espera de um algo mais que não surge.
2 comentários:
Voce vou a versao antiga com Jeremy Irons?
Que pena! Nunca assisti nenhum desses filmes com viadagens de época.
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