Adoro obras. Dá uma sensação de recomeço maravilhosa. Acho que gosto
mais da expectativa do que a reforma traz do que do próprio resultado.
Igual a planejamento de festa, tantas vezes melhor que a celebração.
E esta semana começou a pintura lá em casa pela área de serviço/cozinha/quartinho/ banheirinho
(não tenho mais empregada doméstica, não há como bancar salário + INSS +
transporte + o que mais vier; convivo amigavelmente com uma diarista
que mal faxina, mal passa, mal cozinha, mas é um amor de pessoa).
Gatos indignados com a troca de local de seus banheiros e comdouros, mesmo tendo sido transferidos das chamadas dependências para a área social da casa, em uma das varandas e no lavabo.
Para marcar o início dos novos tempos, o pintor cortou (não retirou, não deslocou, cortou mesmo) o fio do interfone. Não há mais comunicação com a rua. Pressinto que viverei dias confusos, enquanto gasto uma modesta fortuna.
Quando criança, jamais imaginei que pintar a casa fosse uma obra, substantivo específico para quebradeira, derrubada de paredes, colocação de cerâmica, como os arquitetos se referem a azulejos. Hoje, obra é qualquer renovação que envolva a contratação de um profissional por vários dias e que levante poeira.
Naturalmente, já estou com a asma em atividade constante. Naturalmente, minhas vias respiratórias já se obstruíram. Sim, estamos em reforma.
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