1.2.15

Misses

Foi-se o tempo em que uma baiana aqui, um moleque de Debret ali e um Tio Sam acolá faziam a festa dos trajes típicos em desfile de miss. Hoje, miss é uma mulher de quase dois metros de altura, no máximo 48 quilos de peso (com roupa de gala), seios aumentados cirurgicamente e um sorriso tão pouco expressivo quanto seu conhecimento literário - que não alcança sequer a leitura do Pequeno Príncipe. Elas continuam empenhadas em lutar pela paz mundial, mas, definitivamente, se não seguirem alguma carreira de atriz-modelo-manequim, certamente, estarão fadadas a serem apresentadoras de televisão e de concursos de beleza.
Por isso, causou espanto a atitude cheia de ressentimento da segunda colocada no concurso de Miss Amazonas. A desclassificada da selva tropical não apenas arrancou a coroa da vencedora, como também fez discurso contra as regras do certame.
Como não vi concurso algum de miss, mas vislumbrei as fantasias, digo, os trajes típicos que as coitadas tiveram de envergar, fiz uma pequena seleção abaixo. A maioria serve para desfilar em escola de samba de segundo grupo. O restante inspira a Cher, a Bjork ou os atuais czares da moda -  que odeiam mulheres e botam estrelas de cinema pra vestir coisa esquisita em noite de premiação.

Este Pavão Branco de Bariloche é o traje que representa a Argentina.



Miss Canadá, de Jogadora de Hoquei na Festa de Haloween.



As madonas entraram na moda nas passarelas dos concursos de miss. Sai tudo Elegia à Nossa Senhora. A Miss República Dominicana caprichou e tem um altar na barriga. Mais Frida Kahlo impossível. Pena que não seja mexicana..



Miss Grã-Bretanha, de bond girl do Austin Powers.


Miss Espanha de, provavelmente, Dona Isabel, a Católica. Bonita, mas... típica? Folclórica?



Miss Estados Unidos de Tia Samantha, a Princesa da Disney, versão para maiores.


Miss Honduras, pronta para ser destaque da Acadêmicos do Cubango.



Miss Venezuela, que desta vez não ganhou, numa homenagem aos ipês amarelos, imagino.


Miss Brasil de cacatua branca.



Miss Peru protagonizou A Vingança do Inca.


Eu não sei quem era a moça, nem a quê ela queria aludir, mas, tenho certeza que lembrava um bombom delicioso.




E. por último, toda a graça do folclore suíço. Sim, a moça é a típica suíça. 

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