Em Ascot, o título deve ser disputado a tapa. Espantosa é a felicidade estampada nos rostos das jovens e senhoras que se dirigem ao prado com aquelas alegorias de cabeça.
Falta carnaval na Inglaterra e melancia pra pendurar no pescoço, claro.
O assassinato de aves para a utilização de plumas que não mereciam figurar em fantasias de escolas de samba de segundo grupo deveria ser crime inafiançável. A propósito, a composição da extrema direita aparentemente deu certo.
No show de extravagâncias de Ascot, é difícil apontar a mais horrenda. Mas juro que já vi essas bolas de isopor enfiadas em fios de alta tensão, em estradas.
A quase nonagenária rainha e seu marido estavam, exuberantes, mas compostos - embora rosa choque... bom, ela tem idade e poder, né? Usa até broche com colar...
O casal caprichou no verde limão/neon - algo que fica ruim até em propaganda dirigida ao público consumidor de refrescos tipo Tang. Atrás, a propósito, uma jovem se aproxima em laranja Tang também.
Essas duas aproveitaram os vestidos que alugaram para ir a um casamento aristocrático (lá, todo mundo se casa de dia - que já é pra evitar longos e brilhinhos, sem tanta papagaiada), mandaram montar algo que combinasse. Não combinaram. Com nada.
A decantada elegância britânica dá lugar aos modelitos que não fariam feio em desfiles na Sapucaí.
O pavoroso arranjo floral não foi a pior entre tantas instalações capilares.
A concorrência era forte. Essa aí apostou nos cavalos e nas flores negras sobre um padrão de toalha de plástico da cozinha.
A mulher-mariposa foi a vencedora do grande troféu Drag Queen Ascot 2015.
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