2.3.20

Lares

Sempre vi a casa como mais do que o lugar onde se dorme, toma banho, come, recebe amigos. Casa, para mim, é onde a vida se estrutura, onde nos fortalecemos, como ventre de mãe.
Tão importante que, adolescente, escrevi uma crônica que chamei de "Minha toca", descrevendo um lugarzinho só meu, já cheio de plantas. Está em algum dos muitos cadernos guardados em caixotes no alto do armário de meu quarto.
Vou buscar esse texto e ver se construí o que pretendia há 16 anos. Um refúgio do "lá fora",", onde gosto de me cercar de gente e de luz.
Neste momento de fechamento de ciclo, a aventura de montar um canto novo, pela primeira vez, sozinha, é empolgante o suficiente para transformar qualquer temor em entusiasmo.
Que aconteça antes do verão.
(A marina, na foto abaixo, foi o único objeto que fiz questão de trazer da casa de minha avó Olga. Passou pela casa de minha mãe, na Barão da Torre, também. Agora, anda comigo pela Província).

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