O tempo mudou e o template também. Ficou mais brumoso, mais azul bebê. Eu não gosto de azul. Gosto de céu azul e mar esverdeado. Mas tenho pouquíssimas peças de roupa azuis. Dentro de minha incapacidade de compreensão internauta, não consigo elaborar um template meu, original, com minhas cores, figurinhas de fundo etc e tal. Sequer consigo colorir uma página do Multiply.
Embora este blog seja absolutamente carioca, a figura estilo Nova Inglaterra me desperta muita simpatia. Apesar de ser azul também. Acho que ando fazendo as pazes com o azul. Quando criança, eu adorava e odiava ter olhos verdes. Depois, troquei o azul pelo verde. De repente, eu não tinha NADA azul. Era tudo amarelo, vermelho e verde. Para vestir, cheguei ao rosa (!!!) e permaneci no verde/amarelo/tijolo. E preto, claro. Qual gordo não usa pretinhos básicos. Na decoração da casa, houve a fase vinho, cor que vesti pouco por não cair muito bem. Assim como cinza, que eu adoro, mas me deixa abatida, ou marrom, que fica da mesma cor. Uso branco, tranqüilamente, sabendo que é por pouquíssimo tempo. O suficiente para eu me sujar e trocar de roupa. Minhas paredes da sala são amarelíssimas e vermelho. É grande o apartamento, comporta este espírito Almodovar.
Ultimamente, abri meus banheiros para o azul. E dá-lhe encher de velinhas azuis, sachês azuis, enfeitezinhos azuis. Como diz uma amiga, sou uma mulher totalmente bichona. Sou mesmo. Adoro casa de mulher, cheia de rococós. Casa que tem homem ou casa de homem não é assim. Nem os gays são tão frescos. Mulher não tem medo de entupir os cantos com miniaturas de Bali, de Cuzco, da Guatemala. Homem, não. Bota logo uma foto do Rio Antigo (gay), uma imensa máscara africana (gay) ou nada mesmo porque não tem tempo pra essas frescuras.
Não é que eu não goste de decoração gay. Eu amo, porque adoro gays em geral. Quer dizer gosto dos gays que sabem decorar. Alguns são meio machos mesmo, não têm o menor jeito pra arrumar uma parede decentemente. E há os que, por mais gays que sejam, não suportam frescura. Não estão nem aí para lustres, jogos americanos, poltronas combinando com o espelho do interruptor. São essencialmente masculinos. Estou me referindo literalmente a um amigo que adoro, cujo nome não citarei aqui. Ele tem um super apartamento, bem arrumado, bem limpo, mas... lustre? Ah, deixa a lâmpada pendurada lá mesmo que está bom.
Ou seja, homens podem ser felizes com lâmpadas penduradas caindo do teto, não importa a opção sexual deles. Mulheres nunca são felizes com a mesma decoração pra sempre, a mesma roupa, o mesmo corte de cabelos. Por isso, troco esses templates tanto tanto. Pena que não possa deixá-los com a feição de cada época. Limitações da Web.
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