31.1.08

Vida carioca

Nada melhor para espantar o tédio de um engarrafamento da Avenida Brasil, numa tarde de quinta-feira, do que a generosidade de um motorista que decide compartilhar seu refinado gosto musical com todos os outros infelizes presos no congestionamento. De seu potente equipamento de som de equipe de baile funk, exuberantes bramidos e rugidos embalados por uma batida eletrônica, certamente utilizados para torturar prisioneiros de guerra em Guantanamo, ensurdeciam os demais cativos do organizado tráfego carioca.
Naquele momento, uma certeza. O inferno existe. E eu o conheci.

2 comentários:

Anônimo disse...

Desculpe-me, mas rolei de rir. Infernal mesmo.
Beijo

Ana disse...

Agora, a pouco, passou um rapaz dirigindo seu carro lentamente, com um som de "trio elétrico" que fez vibrar todas as imediações...
Não consigo enender qual é a intenção...
Fiquei pensando que nunca vi mulheres adotando este tipo de comportamento. Pelo menos por enquanto. (Porque em matéria de igualdade dos sexos, estamos nivelando por baixo na maioria das vezes! Impressionante!)

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