Ela não era a melhor bailarina de Hollywood, nem foi a maior parceira de Fred Astaire. Não tinha a graça de Ginger Rogers, não sapateava como Ann Miller - talvez a única capaz de ameaçar seu título de mais belas pernas do cinema americano -, nem contava com a beleza fulgurante de Rita Hayworth. Mas quando Cyd Charisse entrava em cena, tirava o fôlego de homens e mulheres. Algo que acontece hoje ainda com algumas estrelas, como Catherine Zeta-Jones.
Linda e alta - é antológica a cena de Fred Astaire disfarçando para verificar se é mais alto que ela em A Roda da Fortuna -, Cyd Charisse tinha tudo para ser uma femme fatale, como encarna no grande balé de Cantando na Chuva e no The Girl Hunt, da Roda da Fortuna. Sem contar a deliciosa Ninotchka que ela fez em Meias de Seda.
Os homens da geração de meu pai se mostravam enfeitiçados a cada aparição da deusa. Meu padrinho João bradava, reverente: "Que magnífico exemplar mamífero!". Às mulheres restava invejar, e muito, aquelas pernas, aquele charme, aquele sorriso, o ar de superioridade mesmo quando arrastada por Fred Astaire, que, dançando muito mais, mostrava-se, como o restante do universo masculino, embasbacado pela morena.
Linda e alta - é antológica a cena de Fred Astaire disfarçando para verificar se é mais alto que ela em A Roda da Fortuna -, Cyd Charisse tinha tudo para ser uma femme fatale, como encarna no grande balé de Cantando na Chuva e no The Girl Hunt, da Roda da Fortuna. Sem contar a deliciosa Ninotchka que ela fez em Meias de Seda.
Os homens da geração de meu pai se mostravam enfeitiçados a cada aparição da deusa. Meu padrinho João bradava, reverente: "Que magnífico exemplar mamífero!". Às mulheres restava invejar, e muito, aquelas pernas, aquele charme, aquele sorriso, o ar de superioridade mesmo quando arrastada por Fred Astaire, que, dançando muito mais, mostrava-se, como o restante do universo masculino, embasbacado pela morena.
Fica a imagem da moça bonita, em filmes ou clicada por Richard Avedon, e que se foi aos 86 anos. E imaginar a voz de Fred Astaire, narrando: "She was bad. She was dangerous. I wouldn't trust her any further than I could throw her. But she was my kind of woman."
2 comentários:
"descordo" de duas coisas: para mim o mais lindo par de pernas de holywoos ( na época asseguradas por 5 milhoes de dollars) e a melhor bailarina do cinema (sorry, ginger ere linda, mas nao dancava... :-) mesmo!). porque penso isto? meu conhecimento sobre técnica - fui bailarino! beijo & lindo domingo
ricardo
Ai, que bom ler discordâncias.
Mas o que Cyd Charisse conhecia em técnica faltava em molejo. Ela joga as pernas com muita dureza. Aliás, as bailarinas clássicas Leslie Caron e Vera Ellen também perdiam no quesito espontaneidade. Ginger Rogers era simpática e charmosa, imprimia vivacidade à dança. Ninguém nunca disse que ela era a melhor dançarina, mas era a melhor parceira de Fred Astaire.
Dizem que a melhor bailarina do cinema foi Eleanor Powell. Eu ainda fico com Ann Miller.
Mas, na boa, Cyd Charisse, linda daquele jeito... nem precisava ser tão virtuose assim, né?
beijo, saudades de suas visitas.
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