3.8.12

Direto do canteiro - Dia 32

O serralheiro/vidraceiro e seu ajudante estão aqui. O síndico já se manifestou, reclamando que eles fazem a retirada da janela sem proteção - o que é proibido por norma municipal. Eu desconhecia a norma, não posso discutir isso com o síndico. A proteção que obtivemos foi estender um plástico grosso sob a possível área afetada, um telhado aparentemente bastante sólido, com aquelas telhas que um dia foram de amianto.
Os homens cortam um dobrado para retirar a estrutura de ferro de um basculante que encontramos aqui quando compramos o apartamento, 20 anos atrás. Era a ventilação de um banheiro que ocupava a varanda original. Recuperamos a varanda, iluminando e refrescando a sala, mas mantivemos o basculante horroroso. A ferrugem não o derrotou. O ajudante do serralheiro cortou-se e eu fiz um imenso curativo em sua mão.
Depois de duas horas e meia de peleja, eles conseguem deslocar as ferragens. Daqui a pouco chega a janela nova, simples, que, se eu pudesse, seria em madeira, mas, por praticidade e preço, vem em alumínio mesmo. 
Seu Jorge dá os últimos retoques no quarto de Hugo e vai pintar uma parede no de Júlia.
É o último dia útil de minhas férias.
No meio da tarde, o serralheiro esbraveja. Seu Jorge, o pintor, já acabou seu serviço. Adoramos seu Jorge, boa gente, tranquilo, gentil. Seu Marcos, o serralheiro, não imaginou que o basculante estivesse fora de prumo. Ou melhor, que a parede estivesse fora de prumo. Engraçado que ele fala como se nós, que contratamos o serviço, que não temos ideia de como se constroi qualquer coisa além de castelos de areia na praia, tivéssemos obrigação de prever os erros de construção.

E haja poeira...

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