8.8.12

Do canteiro - Dia 37

Ontem, começou seu Flávio, que vai encarar a parte final da obra. Ou melhor, a maior parte da obra - sala, banheiros, varandas, corredor e meu quarto. Como todos os profissionais que por aqui passaram nesse último mês, tem lá suas idiossincrasias. Não trabalha sextas ou segundas-feiras. Isso porque também trabalha na praia, em uma barraca. Como já pintou os apartamentos de toda a família, e eu sei o quanto meus parentes são chatos, ele é detalhista e faz um trabalho excelente.
Hoje chegarão sofá, cadeiras e poltronas que mandei reestofar. Um meeedo do que vem por aí.
Acabo de iniciar a fase "Ih, o dinheiro não vai dar", que marca a etapa da obra que se estendeu por áreas onde audaciosamente ninguém deveria ousar atacar.
Comecei este diário para ver se mantinha o entusiasmo durante a obra. Será que daqui a dez anos terei forças para encarar outra? Esta, pelo menos, restabeleceu para mim o saudável hábito de me movimentar por todo o bairro, devido às idas quase diárias a diferentes estabelecimentos de material de construção, o que contribuiu para melhorar minha combalida forma.
Nada como uma restauração da alma, apesar do discreto aumento dos cabelos brancos. Tudo tem seu preço.


Nenhum comentário: