28.8.12

Dois meses de caos

Meu bom humor em relação à reforma se esvaiu. Hoje, não aguentei o riso debochado do pintor e o dispensei. Eu havia pedido que ele pusesse corantes na tinta. Ele botou. Ficou amarelo marca-texto. Ele riu muito além do que a gentileza permite. Pintou duas paredes da varanda pequena. Perguntei se haveria salvação, se puséssemos outra tinta na mistura ou por cima. Ele ria e dizia que não.
Então, decidi, enfim, que a obra terminara. Ele ficou desconcertado. Perguntei quanto eu lhe devia pela varanda. Ele disse que eram 300 reais. No caminho até o quarto, eu me recordei que dera em adiantamento 1000 reais ao moço. Ele orçou a pintura de duas varandas, um quarto, duas salas e três tetos de banheiro em menos de 2 mil. E pintou dois tetos de banheiro, um corredor, duas portas e uma demão da varanda. Como é que tinha o desplante de me pedir mais dinheiro?
Fui lembrá-lo que já lhe havia dado mil reais e que estava muito bem pago. Afinal, ele trabalhou exatos seis dias. Fez um ar de desdém e disse; "Então, vamos deixar assim".
Hoje é o 60º dia da obra.
Este pintor, que é realmente um bom profissional, não tem a delicadeza de tratar bem quem o contrata. Odeio gente arrogante. Foi o único de todos os outros que por aqui passaram a exigir adiantamento e a não fazer o trabalho por cômodo. Gosta de bagunçar a casa inteira, mesmo que ela esteja habitada durante a obra.
Falida, espero o mês virar para continuar com esse inferno.

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