22.5.15

O buraco negro da elegância


Jane Fonda, quem diria, dividiu com Catherine Deneuve o troféu Até as Divas Erram! La Fonda, a mulher que ensinou o mundo a lutar contra a natureza, jogando-se nas academias de ginástica, compensa a magreza atual com roupas exuberantes. Fica meio como passarinho emplumado, a cabeça sem combinar com o corpo, o rosto sem combinar com ela própria. Em 2014, a diva do passado da vez era a esplendorosa Sophia Loren. Deneuve e Fonda, que já tiveram o mesmo ex-marido, Roger Vadin, mostraram afinidade, também, na escolha de cores. O efeito foi apavorante. Quase matou Michael Caine, coitado, com um olhar absolutamente catatônico, posando para as fotos. 






Há quase cinquenta anos, ele era mais animado ao lado da jovem Jane, no intervalo das filmagens de "Hurry Sundown".

Para recordar... o vestido da Deneuve...


Jane Fonda, Harvey Keitel, Rachel Weiz e Michael Caine, o elenco do filme "Youth", em trajes menos formais.



Errei em minhas previsões. Marion Cottillard vestiu uma roupinha bem convencional e bonitinha.



 Cannes foi invadida por lindas modelos, todas com roupas bonitas. Cara Delevigne, que agora virou atriz, ainda aposta no marketing de viver de cara amarrada. Talvez por causa desse trágico vestidinho branco, com uma cauda que já saiu de moda.


Já Michelle Rodriguez, que pinçou modelos bem bregas e vulgares para desfilar por Cannes, no fim, fez bonito: um branquinho simples e chique.


Eva Langoria defendeu com ardor o posto de maja desnuda latina, com estranhas transparências recobrindo suas formas.


Uma Thurman optou pelo branco acetinado simplesinho.


E Diane Kruger, que sempre primou pelo  bom gosto, tirou esta semana em Cannes para apresentar seu lado cafona. Entre os destaques, o minivestido estreladinho, o buraco negro da elegância. 



Falta pouco pra aposentar o smoking, pensa Lambert Wilson, mestre de cerimônias do Festival, à vontade na Croisette.


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