27.2.12

Oscar 2012 - Faltou glamour!

Eita, festinha chinfrinzinha essa do Oscar deste ano... Se não fosse aquela apresentação do Cirque du Soleil, muito mais animadinha do que as chatices mágicas que eles mostram nos especiais em DVD (tudo com cara de "Hoje é dia de Maria" e outras criações globais poético-modernosas), seria de uma mesmice e sem-graceza que só condiz com o momento econômico mundial. (E, juro, durante os voos dos malabaristas eu só pensava em Danielle Winnits despencando em cima da plateia, naquele momento Deu Chabu em Xanadu... Mas é Hollywood. Isso não acontece em Hollywood).
Nem tinha muita estrela montada à la Bjork-Cher-Helena Bonham Carter. No Globo de Ouro e no Emmy elas ousam mais. Desta vez, só o Sacha Baron se empolgou com a proximidade do Mardi Grass e envergou uma fantasia de ditador. J-Lo foi quase discreta, combinando com a sobriedade reinante. O show... bem, as mesmas piadinhas leves do Billy Cristal, alguns atores fazendo gracinhas sem muita graça, sorrisos amarelos dos perdedores, Hugo e O Artista papando tudo, a mesma ausência de Woody Allen , que ganhou mais uma estatuetinha pra guardar no armário da despensa... Ou seja, faltou glamour, faltou brilho, faltaram old stars. Até o filmete mostrando a glória do cinema era com produções de, no mínimo, 40 anos para cá. E as beldades de agora, vitrines de costureiros e joalheiros, deixam o charme em casa. Afinal, as top models conquistaram o podium que as movie stars ocuparam por tanto tempo. E nossas araras azuis perderam pros Muppets. Se ao menos o Carlinhos Brown tivesse subido ao palco...











O casal mais lindo do mundo estava de excelente humor para compensar a deselegância discreta do vestido com fenda lateral que a bela Angelina exibia, rindo à toa, ou a chapinha de cabelo oleoso que o Brad Pitt não merecia envergar.

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Também muito risonhos estavam Sérgio Mendes e Gracinha Leporace. Felizmente para o Brasil, a imagem bandeirosa de Gracinha ficou para consumo nacional. Isso é crime lesa-pátria.










Tá desfocada, mas vale. A filha de Carlinhos Brown, ao lado de Painho.









Outro casal que já esteve entre os mais belos do mundo, encabeçado pela forte concorrente ao trofeu Rainha do Botox, Melanie Griffith, que parecia o clone mais envelhecido da Meg Ryan, mostrando uma extraordinária expressão única. Antonio Banderas, para combinar com a patroa, caprichou no penteado, tentando reproduzir os cachinhos do Almodóvar.






Já Sandra Bullock tem tentado faz tempo imitar o olhar dos atores de Crepúsculo ou Malhação. Conseguiu e garantiu, de lambuja, o título de Botocuda da noite.









Entre as filhas de santo da noite estava a Rooney Mara, aquela que ficou pavorosa para ganhar indicação ao Oscar de melhor atriz em Millenium. Perdeu e, por sorte, não ouviu do Rubens Ewald Filho, que é fraca. Revoltado com o prêmio de montagem que o filme ganhou, Rubinho informou "Não gosto de Millenium". A Academia agradece.










Elegante, sim, porém Gwyneth Paltrow tinha uma veste multimemória, já que lembrava gregos, troianos, egípcios, noivas, freiras e enfermeiras. Tudo junto.





Não me venham dizer que Viola Davis estava uma beleza com o cabelo claro, curtinho e o modelito esmeralda de saia plissadinha com corpo liso e busto insuficiente para acomodar os ocupantes. Sentada, era um pavor, tudo amassado e pronto pra explodir.






Com um verde igual ao do fardão da Academia Brasileira de Letras, Glenn Close, lindona pra mostrar que feia ela só fica em filme quando interpreta mulher maluca traveca de homem, vestida de "não devo levar o Oscar, mas tenho atitude e um paletó pra usar em outras ocasiões".











Por que a manguinha rendada cravejada de brilhinhos, Maya Rudolph? Pra disfarçar o bracinho mais gordinho? Isso dá certo com a Helen Mirren. Só com ela.









Sacha Baron Cohen, que consegue ser mais chato do que o Roberto Benigni e tenta ser tão inconveniente quanto o Ricky Gervais. Com as cores do Brasil na faixa.








A tranquilidade da bela Penelope Cruz.











E não é que o drapeado deu certo na Octavia Spencer?










E não é que mais uma vez a .Melissa McCarthy caiu no conto do drapeado no busto, que fica pavoroso em mulher gorda?








Elas sempre aparecem. As meninas que gostariam de interpretar noivas de Drácula. Vestem-se como noivas de filme de faroeste. Pensam que estão etéreas. Parecem mortas-vivas de filme inglês dos anso 40.







Jonah Hill, indicado para coadjuvante, mostrou que cresceu um bocado e que já está procurando se adequar a um teste para fazer o Pinguim em algum filme de Batman.







Momento Sardinhas 88, e J-Lo ganhou de Cameron Diaz o trofeu Rita Cadillac/Adele Fátima.








Depois das bad girls, a boa moça Natalie Portman, de vestidinho de pois vermelho, bom pra passar o fim de tarde de férias em Rio das Ostras. Não combina com brilhantes.









Mila Jokovich, aquela que ainda tem o glamour d'outrora, beleza que dá raiva em qualquer mulher. De inveja, claro.












Mas aí chega outra competidora pelo troféu Sandy de boa moça. Uma graça, né? A roupa é horrorosa, saia de um jeito, o corpete, de outro, na cintura havia um brochinho de lacinho ... Mas ela é tão menininha... E esse cabelinho de menininho arrumadinho? E o sorrisinho doce, levadinho? Ah, Michelle Williams, vê se cresce!






Sempre há um vestidinho bege, de voil, esvoaçante, lembrando cortina, lembrando plumas, lembrando que a Halley Berry, sim, fica bonita com isso...











J-Lo, que tem belos cabelos, mas A-DO-RA este coque dos anos 60, homenageou Botticelli em O Nascimento de Vênus. No caso, seu vestido é igual à concha que transporta Vênus.






A noite era de Meryl Streep, como bem disse Edu Graça, de Tributo ao Ferrero Rocher.










"Mas que nada", cantou Carlinhos Brown para Sérgio Mendes e Carlos Saldanha, sobre a derrota de "Rio" para aqueles fantoches chatérrimos.





Um verdadeiro artista!

13.2.12

Grammy 2012

Vamos combinar que a entrega do Grammy é imensa, com uns showzinhos bem chinfrins pra gente que vive daquilo mesmo, reunindo um bando de milionários que se vestem da forma mais inusitada possível, mas não chegam aos pés dos bregas de Hollywood. Este ano, sucumbi e só vi o videotape no day after.

Já sabia que a chatice melancólica da Adele (boa voz, mas, rigorosamente, ela faz a mesma música em todas as faixas do CD), a redenção dos que estão acima do peso, reundeu um monte de estatuetas. Com as exceções de sempre - os homens da velhíssima guarda, como Tony Bennett -, as fatiotas envergadas pelos músicos são de meter medo. Tem desde a turma que veste a camiseta que o filho de 12 anos usa pra jogar futebol às divas seminuas, no melhor estilo starlet do Festival de Cannes. O tapete vermelho é um show de atrocidades, divertidíssimas, todos buscando ser a Cher do momento, já que Lady Gaga também virou hors concours.

E, entre tributos lacrimejantes a Whitney Houston, teve de tudo no quesito "Me arranja uma melancia pro pescoço aí". Talvez o Grammy seja a festa pré-carnavalesca da indústria da música de hoje. Alguns destaques seguem aqui.



Cindy Lauper, comme il faut, até discreta na categoria Cindy Lauper.



Adele de pretinho básico para afinar a silhueta, dando pinta de Maria Callas (mais no volume corpóreo do que no vozeirão).

Taylor Swift, a country gracinha, com um engana-mamãe: na frente, bem comportado, atrás, ousado. Esquisitinho, né?



Rihanna, agora criloura, com um pretinho que ousa mais do que o descaramento de seus guinchos.

Mulher rendeira, Fergie usou um Jean Paul Gaultier. Podia ir ao interior do Nordeste que comprava coisa igual, mas com forro.

Katy Perry de Iemanjá.




A deselegância indiscreta de Fergie, em toda sua glória.

A moça vestida de noiva do Robocop, que dividiu com Fergie o título de pior figurino da noite.


Lady Gaga assustando Paul McCartney.


Valeu pelo fim da festa e os animadíssimos Bruce Springsteen, Joe Walsh, Dave Grohl jamming com Sir Paul.



10.2.12







Sabe aqueles dias em que a gente quer ficar encolhidinha, pernas no queixo, mão sobre boca e nariz?





Pois é, hoje estou assim.





Falta apenas uma chuvinha mansa, céu cinzento.