31.10.05

Fim de festa

De um golpe o chão sumiu, mas vai surgir outra vez.
Ousei, perdi.
Mais uma chicotada do destino.
Ainda bem que aprendi a fazer curativos e encontrar ungüentos que ardem, mas curam.

26.10.05

Doze meses virtuais

Ontem completou-se um ano de minha primeira incursão escrita no mundo virtual, com a publicação de uma crônica no Sem Graus de Separação, o meu espaço no Multiply, que tinha Arenas Cariocas como título da seção Journal. Isso porque o Multiply é todo dividido, arrumadinho como um jornalzinho. Então eu defini o "espaço" como Minha Praia, vindo daí todas as associações a que isso poderia remeter.
As areias se espalharam para o blogspot em dezembro, ainda como back up do Multiply. Aos poucos, foram se empilhando em montinhos e hoje o Arenas é maior que seu canto original.
Ao longo do ano fiz dieta três vezes a sério, não retomei as caminhadas pretendidas umas 300 vezes, emagreci três a quatro quilos rapidamente recuperados, troquei o tom das madeixas de louro cocker spaniel para castanho mezzo escuro (não adianta que a tinta é completamente desmoralizada pelo sol em São Sebastião. Meu cabelo teima em clarear, mesmo tingido), pintei as unhas de preto, marrom, vermelho, branco e "glitter", fiquei bochechuda como um buldogue, igualzinha a minha avó Olga, escrevi muitos contos, dei deliciosos almoços, peguei praias magníficas, lambi minhas crias, adotei mais duas gatas, uma morreu, outra sobrevive serelepe, promovi a adoção de três gatinhas, perdi dinheiro, passei perrengues financeiros brabos, me recuperei with a big help from my friends, comprei um viveiro para uma infinidade de passarinhos, tive peixes beta de variadas cores, assiti a bons filmes, li muito, ri mais ainda.
É bom registrar a realidade virtualmente.

24.10.05

Televida

A Coca Light mudou de sabor e deixa um travo adocicado na boca depois de bebermos.
Lembro-me da primeira Coca Light, na época, Coca Diet. Era horrível. Convenci-me a beber lendo o rótulo: "Menos de uma caloria" na garrafinha média. Daí pra frente, larguei o café e caí na Coca dietética. Pensei que ia me livrar da dependência agora, estava até comemorando meu retorno para a água e apenas o mate. Mas a cafeína deles é melhor, mais intensa, mais forte e já me viciei.
Afinal, é a única coisa que me acorda de manhã, quando chego ao trabalho e abro uns 35 e-mails que me oferecem produtos para aumentar o tamanho do pênis com o qual não fui aquinhoada, garantir os orgasmos de minha parceira sexual, ganhar a herança de morto na tsunami que, por acaso, vivia no Gabão e nunca teve herdeiros, apenas um gerente de banco picareta que achou justíssimo me escolher para dividir a fortuna do defunto, emagrecer dormindo, adquirir os mais arrojados modelos de relógios suíços por menos de dez dólares, comprar casas em Guarujá, Ubatuba e São Sebastião, receber toneladas de Viagra a preço baixíssimo, experimentar praticamente de graça o novo Repelétron, que acabará com os mosquitos em minha casa. Há também um e-mail assustador em que uma pessoa amiga me informa que sou vítima de traição amorosa, enquanto outro me convida a participar de um clube de swing. Também chegam e-mails de organizações de cobrança informando sobre meu débito com a Tim, embora meus telefones celulares sejam da Vivo.
Naturalmente, esses são e-mails de spammers ou hackers, todos deletados só com a leitura do enunciado. Mas chegam outros realmente destinados a mim que são de lascar. Além de todos os meus amigos que adoram me passar correntes de santo Antônio, São Benedito, Santo Daime, São Judas Tadeu, Dalai Lama, espírito de Emanuel e outras rezas, há as mensagens de motivação para a vida (que eu, definitivamente, ODEIO) e o ataque das assinaturas de jornais e revistas. Não há semana em que eu não receba uma oferta incrível de assinar Veja, Caras, Cláudia, Nova, Marie Claire, Elle, Atrevida, Capricho, Casa Cláudia, Superinteressante, Casa e Jardim, Galileu e Vip.
É tão certo quanto as incomensuráveis ofertas da NET para eu fazer um novon plano de TV a cabo, que me dará um prejuízo certo, já que há apenas mais dois ou três canais de filmes e 25 canais de ... música. Vem cá, as operadoras ainda não descobriram que existe rádio pra quem gosta de música? E a empulhação daqueles canais como o Canal Rural, o Shopping Time, a Rai (uma das piores programações do mundo; só tem programa cafona com mulheres lindas apresentando. Ou seja, dá raiva porque são umas drogas de programa e porque as mulheres são um escândalo de belas!), a RTP (só para a gente rir, porque, rigorosamente, pouco se entende do que os lusos falam, naquela velocidade impressionante. A programação também é de matar), a TV Senado, o estranhíssimo canal 06 (que passa umas entrevistas sobre Teosofia e Esperanto, um show de calouros tristíssimo, com mocinhas que dançam mal, cantores que devem cantar pior ainda, mas que a gente não ouve nada, porque o som inexiste), a TV Universitária. Nem me arrisco a dizer nada sobre o canal alemão, que só tem noticiário, parece. A TV 5 até passa uns filmes razoáveis, mas nos sábados à noite tem um programinha de auditório rastaquera, com uma gente que gosta mesmo é de ouvir cantores cafonas e românticos, como o Alejandro Sanz. A BBC é chata demais. Tudo na BBC é chato. Algumas séries deles são mais tediosas que programa musical da TVE. Eu vi um Robin Hood que dava sono.
Nem sei mais se existe a TV Turfe. A única pessoa conhecida minha que assistia aquela chatice era a Júlia, pequenina, porque apareciam cavalinhos. Aos poucos, ela substituiu o canal dos viciados no Jóquei Club pela Animal Planet, que virou fundo musical na minha casa. Já vi séries sobre a vida dos suricatos, o Diário dos Grandes Felinos, Plantão Veterinário, um outro programa em que policiais vão resgatar animais vítimas de maus tratos. Tem até uns programas em que se fala qual é o animal mais forte sobre a terra, qual tem o veneno de atuação mais rápida, essas informações extremamente úteis numa metrópole. Sem contar com uma infinidade de especiais sobre cobras, jacarés e hipopótamos. De todos os canais desnecessários na vida, o Animal Planet é dos melhores.
Pagar por esses canais é a mesma coisa que pagar IPVA ou imposto de bombeiros. Bitributação enganosa, ora! Mas tudo vale a pena quando se quer botar uma criança para dormir e já acabou seu estoque de cantigas de ninar. É só ligar no leilão de jóias ou no leilão de tapetes. Ninguém resiste. O sono domina fácil, fácil.

Depois da chuva



A gente acorda com um estrondo, antes das 6 da manhã, e é uma tempestade violenta, daquelas de livro de Somerset Maughan nos Mares do Sul. As tormentas dele eram no Pacífico, as nossas são no Atlântico. Parece fúria dos céus com o resultado do referendo.
A Rua São Clemente se transforma em rio, enquanto no Amazonas os córregos viraram terra.Corro até a varanda, carrego as gaiolas de passarinhos da chuva para longe da chuva, deixo as vidraças escancaradas mesmo. Penso seriamente se devo ou não tirar todos os fios de eletrodomésticos das tomadas, mas só me animo a desligar o moden da banda larga. Volto para a cama, Hugo desceu para confirmar que a São Clemente é um rio caudaloso e não temos como sair para a escola de carro ou a pé. Ele, feliz, adormece.
A "Mad" publicou, no milênio passado, charges com 'momentos de felicidade'. Os que nunca esqueci era:
- Acordar sobressaltado, atrasado e constatar que é sábado;
- O dentista dizer que você só precisa de uma limpeza nos dentes;
- A professora faltar no dia da prova de Matemática.
Um desses momentos de intensa felicidade é mostrado nas últimas cenas do filme "Esperança e Glória" de John Boorman. A escola é bombardeada e, no meio do tumulto de crianças correndo e professores impedindo que eles entrem, um garotinho se vira para o céu e grita "Thank you, Adolf!". Só tive esta alegria uma vez. Em meu último emprego, nosso andar foi inundado por um problema nos sprinklers e acabamos não tendo que trabalhar. Hoje, permiti que Hugo experimentasse tal felicidade imensa ao faltar aula por total impossibilidade de chegada ao colégio. Minha Júlia, que entrava mais tarde, insistiu e conseguiu ir para a escola, quando as águas baixaram.
E agora o céu está azul, faz um solão na Cidade. Vai entender este tempo pós-tsunami...

23.10.05

Quatro Graças do Edu, Eliane (que é quase uma Graça honorária) e Manoel, que não é do Edu, mas é uma graça de pessoa, na noite da Regina.

21.10.05

Filmes para sorrir e chorar

Impossível ver "The Glenn Miller Story", apesar de todos os seus clichezões de dominação cultural facilmente detectáveis por qualquer patrulheiro ideológico, e não se emocionar com a melhor música dançante do planeta...Uma cena memorável é quando Glenn Miller bota a banda militar a tocar dobrados como blues. O coronel quer se matar e mandat todo mundo pra corte marcial, mas eles acabam indo tocar "In the Mood" na França. Deve ser tudo mentira. Mas é bom demais. Ninguém interpretava um homem bom como o James Stewart. Melhor que ele só as saias rodadas e engomadas da June Allyson. Impressionante como aquelas saias não amassavam nem perdiam os gomos.
E eu nem me lembrava que a direção era do Anthony Mann, que adorava fazer dobradinha com o James Stewart. Posted by Picasa

20.10.05

A noite era da Regina e da Fátima Valença, que também lançava seu livro na Argumento do Leblon. Uma noite idealmente carioca: gente agradável, alegre, todos felizes com as amigas escritoras. Eu, nem parecia que estava trabalhando, pois encontrei tantos queridos que há muito não via...
Enquanto Regina e Fátima se esmeravam em escrever belas dedicatórias nos livros, a gente brincava, beijava, abraçava e ria. Enquanto não recebo as outras fotos - as em que nós, reles mortais estamos, vai a primeira, da Regina com seu mais célebre admirador... A mulherada suou frio (menos eu que, como todos sabem, gosto do Chico compondo, mas nunca achei que fosse uma beleza tamanha; minha mãe é que enfiou um pôster do Chico no meu armário, dizendo que eu deveria achá-lo lindo... As mães também podem ser ridículas em seu tesão reprimido por temor aos maridos...)
Francisco Buarque de Hollanda não foi o único VIP. Tinha Chico e Eliane Caruso, Alcione Araújo, Antônio Bernardo e muitos, muitos jornalistas mesmo!!! Saroldi, a quem não via desde os tempos de coral, P.H., a quem não encontrava desde a malfadada viagem a Itaipava, Sandra Chaves, Custódio e Chacel - esses, nem me lembro mais quando foi a última vez em que conversamos -, Sílvio Essinger, um povo imenso que é melhor nem citar para não ofender os omitidos. Lógico, tinha o Petropovo e também as onipresentes Graças do Edu. Foi é bom!!! Posted by Picasa

17.10.05

Dia do comerciário

Adoro feriados mesmo que não possa aproveitá-los. A cidade esvazia, o trânsito melhora por um dia apenas, a vida fica mais fácil. Com a cidade deserta, aumenta minha paranóia de assaltos, embora o dia esteja lindo e ensolarado. Percebo a aproximação de um menino de rua, ou melhor de um rapaz de rua, completamente trincado. Disfarço, faço que procuro um número nos três únicos edifícios do quarteirão - e um deles é a Academia Brasileira de Letras, ou seja, nem o meu algoz imaginário se ilude com a performance, que inclui menear de cabeça e resmungos em voz alta. Enquanto ele também finge que não vai me abordar, mexendo numa lixeira, passo direto, caminhando com a firmeza e velocidade que minhas plataformas de 9 centímetros (estou com 1,72 m acima delas, uma giganta!) permitem. A altivez que demonstro não o faz desistir. Ele pede um trocadinho qualquer para comprar comida ou pagar uma passagem de ônibus, não consigo compreender seu modo de falar com os olhos brilhando e a boca cheia de água. Puxo as últimas moedas da bolsa, murmurando uma desculpa porque "hoje tá mal, querido". Ele compreende, enquanto agradece, solidário: "Tá ruim pra todo mundo, minha tia".
Na segurança do escritório, observo um casal louro de turistas tranqüilamente fotografando os jardins do Palácio do MEC, totalmente descuidados, sem o menor temor de assaltantes drogados à espreita dos incautos. Telefono para pedir meu almoço, o calor não anima volteios pelas calçadas sem sombras. O sistema de computação do restaurante está fora do ar, me explica a atendente, perguntando se eu posso estar ligando em cinco minutos. Lógico que posso, informo. Afinal, o computador também faz feriado e ninguém num restaurante pode anotar um pedido a lápis. Isso é tão anacrônico quanto fazer qualquer soma ou subtração de cabeça, no comércio carioca. Ninguém vive sem computador, sem calculadora e sem empregar erroneamente o gerúndio, caprichando na fala anasalada, tentando um sotaque paulistano que algum gênio do telemarketing considera a mais polida forma de tratar um cliente. Lógico que há exceções. A Vivo não tem atendentes com tal sotaque, pois eles ficam na Bahia e só faltam bater na gente por telefone. Meu celular pode ser cortado porque não recebi a conta do mês passado e, portanto, não a paguei. Problema meu. Deveria ter sido previdente e, ao perceber que a conta não vinha, correr a uma loja da Vivo para pegar uma segunda via.
O problema é que minha rotina de incessante contribuinte de empresas públicas me atordoa a ponto de eu não saber o que foi pago ou não. Algumas vezes, pago duas vezes a mesma conta. Como aconteceu com a Light. Paguei duas vezes a conta de agosto. Então, fui avisada de que poderia ter a energia cortada, pois o pagamento duplicado foi compensado em ... outubro, não em setembro. A lógica dessas compensações não me compete descobrir. Melhor pagar a conta atrasada sem chiar para não gastar tanta energia própria.

Músicas que provocam sorrisos


Esta é uma das que levam todos a dar um meio sorriso, cantar em corinho e lembrar de uma alegre cena do "Deer Hunter", com Christopher Walken, John Savage, Robert DeNiro, John Cazale e George Dzunza cantando, jogando sinuca e dançando. Meia hora pra frente, o filme cai em baita depressão.

Can't take my eyes off you (Franki Valli)

You're just too good to be true
Can't take my eyes off you.
You'd be like Heaven to touch
I wanna hold you so much
At long last love has arrived
And I thank God I'm alive
You're just too good to be true
Can't take my eyes off you.
Pardon the way that I stare.
There's nothing else to compare.
The sight of you leaves me weak
There are no words left to speak,
But if you feel like I feel,
Please let me know that it's real.
You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.
I love you, baby,
And if it's quite alright,
I need you, baby,
To warm a lonely night.
I love you, baby.
Trust in me when I say:
Oh, pretty baby,
Don't bring me down, I pray.
Oh, pretty baby,
now that I found you, stay
And let me love you, baby
Let me love you.
You're just too good to be true
Can't take my eyes off you
You'd be like Heaven to touch
I wanna hold you so much
At long last love has arrived
And I thank God I'm alive
You're just too good to be true
Can't take my eyes off you
I love you, baby,
And if it's quite alright,
I need you, baby,
To warm a lonely night.
I love you, baby.
Trust in me when I say:
Oh, pretty baby,
Don't bring me down, I pray.
Oh, pretty baby, now that I found you, stay.
And let me love you, baby, let me love you...

14.10.05

Zappa já!!!


Combinado: na quarta-feira, dia 19 de outubro, todo mundo na Argumento pra levar um "Doce Lar" e beijar a Regina. A pergunta é: será que o Chico vai????

Pintou Nobel pro Pinter

Copyright by Eduardo Graça, que exultou - como muita gente - com o Nobel do Harold Pinter.

Não agüento mais


A gripe mutante cata partes de meu corpo até então incólumes para atacar. Já me deixou totalmente 'endubida', já me matou de dor no corpo, já me acabou de dor de cabeça. Agora, quando as narinas estão livres e a garganta limpa, os olhos incharam e convivem com uma poeirinha que se diferencia de conjuntivite porque esta é uma areinha. E o sono? Eu que durmo cerca de cinco horas entrecortadas por idas ao banheiro, visitas ao quarto do filho que deixou a TV ligada, carregamento de gatas para a cozinha, porque lugar de bichana é no borralho, tenho apagado por NOVE horas/dia!!! Desfaleço de tanto cansaço.
Aí vêm os fantasmas. Embora não tenha hipocondria declarada, é só ler um artigo sobre pólipos no canal auricular para sentir dor de ouvido e me preocupar. Pelo tempo da leitura, claro, mas os sintomas imediatamente aparecem. A prostração me lembrou a síndrome da fadiga extrema, uma doença rara, da qual sofre o Sean Connery. E logo me esqueci da fadiga para constatar que o novo James Bond será o feioso mas charmoso Daniel Craig, já apontado pelos noticiários como o primeiro 007 louro. Esqueceram do Roger Moore, o segundo Bond.
O que um resfriado que se apossa de meu ser não causa em minha mente...
(pra quem não conhece Roger Moore, o moreninho na foto é o Tony Curtis, muito mais ator e rei das comédias malucas da década de 60, que, nos anos 70, com Moore, fez a série de TV "The Persuaders". O tempo passou...)

11.10.05

Fiesta, fiesta

Meu PC voltou, com teclado e mouse novos. Por algum motivo estranho, os antigos ficaram incompatíveis com a máquina. O HD deu tilt, tudo parou e agora todos funcionam regularmente, embora ainda não saiba manusear este mouse de alta precisão e sensor ótico. É tão preciso, que tudo desliza sob meus dedos...
Amanhã tem feriado em meio de semana, que eu ADORO!!! Um dos principais motivos de eu gostar tanto desses feriados soltos é que, além de darem um intervalo adorável na azáfama diária, parecem propícios a um festejo rápido. Então, eu chamo os amigos, geralmente pretextando uma celebração cívica (Tiradentes, 7 de setembro), e fazemos a festa. A de amanhã, promete. Afinal, é Dia da Padroeira do Brasil, Dia da América, Dia das Crianças e Dia de comemorarmos meus 45 anos e uma semana!!!! Dou motivo e local, os amigos trazem iguarias, pois cozinhar continua sendo sinônimo de tortura para mim, esquecemos de discutir assuntos sérios - corrupção no governo, custo de vida ou referendo - rimos alto, cantamos e batemos fotos.
Na quinta-feira? Na quinta-feira daremos mais risadas e faremos dieta.

10.10.05


Júlia:"Mamãe, é bom ver uma pessoa crescer?"

Definitivamente, Júlia, é maravilhoso.

6.10.05


Novo ano judeu, novo ano chinês, novo ano meu. Começo a me desvencilhar desta gripe que não parece querer me deixar. O dia tenta se acabar, nublado como eu, abafado e estouvado como eu.
Novo visual para cá. E a vida entra no melhor dos eixos.

5.10.05

Bang-Bang

Alquebrada pela gripe que se apossou de meu organismo e se agarra nele como um parlamentar às mordomias, distribuí beijos resfriados a todos os que me cercaram de mimos no 4 de outubro. Maria floriu minha casa com diversos vasinhos de flores variadas, Hugo procurou um belo buquê de margaridas que me entregou em nome dos irmãos. No meio de tanta beleza, floresce uma horrível discussão: por que tantos temem o fim do comércio de armas no País?
Aos que defendem o direito do cidadão honesto de manter armas para se proteger dos bandidos, só pergunto se entre esses cidadãos honestos estão os pobres que vivem em favelas e não têm cabelos lisos, olhos claros, peles protegidas por filtros solares. Não sou ingênua a ponto de acreditar que o fim do comércio de armas reduzirá a violência criminal. Mas ele diminuirá a banalidade dos assassinatos domésticos, em brigas de pais e filhos, maridos e mulheres, discussões com vizinhos, disputas no trânsito, ferimentos por balas que voam quando alguém reage a um assalto dentro do ônibus.
Péssimo momento para estrear uma novela sobre faroeste americano...

1.10.05

Cachaça

Só pode ser doença. O PC continua no estaleiro e eu vim fazer minha habitual visita sabatinal à vizinha-amiga do prédio (adoro assistir novela com ela. Como nunca vejo novela, pergunto o nome de todos os personagens, troco tudo, me divirto à beça, ela finge que se irrita, a gente vira moleca quando envelhece). Aproveitei para ver meus e-mails e blogar. Isso porque não entro no computador há 24 horas.
Acho que virei uma tecnoescrava.