30.3.07

Cena carioca

7h30m, fila do supermercado. Uma mulher aparentando entre 60 e 70 anos pede que eu lhe ceda o lugar, pois está atrasada para a aula e só vai levar peixes. Concordo e ela, imediatamente, pede a frente para uma outra senhora, mais jovem, porém, enquanto negra e gorda, de idade absolutamente indefinida, que nega a passagem, já que tem poucas compras. A pidona faz um discurso enfezado contra a má vontade alheia. Eu, que bem antes já havia travado aquele papo básico de fila (comparação de preços e atendimento entre os supermercados concorrentes) com minha antecessora na fila, ofereço-lhe carona, já que ela vai para bem perto de minha casa. Quando a pidona vai embora, a moça do caixa também dá opinião em quem fura a fila.
No carro, minha caroneira, que trabalha há 26 anos na mesma "casa de família" conta, depois que analisamos preços e marcas de sabão em pó, que vai todos os fins de semana em Macaé, para onde a filha, o genro e a netinha se mudaram. Entabulamos uma animada discussão sobre os absurdos preços das passagens de ônibus intermunicipais e chegamos a nossos destinos.
Adoro dar carona para senhoras desconhecidas. Isso desde que ia levar minha mãe à Missa e meu carro era sempre confundido com um táxi por aquelas velhinhas perfumadas e arrumadas de Ipanema, na porta da Nossa Senhora da Paz. Acabava deixando todo mundo em casa e conhecendo mais o gênero humano.
Mas só dou carona a desconhecido que não a pede. Detesto gente pidona.

29.3.07

Exposure


Ponto alto da semana: a primeira conversa telefônica entre Jôka P. e esta escriba.
Papo delicioso, de amigos de infância que nunca se viram face to face, mas que sempre se amaram.
Descoberta da settimana: Ornella Mutti e Luana Antonelli foram atrizes de FOTONOVELA!!! Descoberta feita através do link do Av Copacabana sobre fotonovelas italianas.
E pra quem me acha uma intelectual seriíssima, que fique bem claro: sim, em adolescente eu lia fotonovela escondido de minha mãe. E hoje, assisto a seriados mulherzinha na TV, como "Gilmore Girls" e "Men in Tree". Pra compensar, também vejo "Lost", "Desperate Housewives" e "House". Todos têm seu calcanhar de Aquiles. Eu não gosto de novela, mas gosto de enlatados. Pronto, falei!

27.3.07

Zen


Erro no servidor

Infelizmente, o Gmail não está disponível no momento. Estamos trabalhando para corrigir este problema -- tente acessar a sua conta dentro de alguns minutos.


Cada vez que leio - e agora ando lendo isso muito - o aviso acima, fecho os olhos, suspiro e penso que seria tão bom ter fé em mantras.

O meu mantra está mais pra GRRRR do que pra OMM - minhas iniciais reais e sílaba sagrada que a tantos ilumina.

24.3.07

Fun, fun, fun

Amores com alguma cólera


Eu adoro o Mario Vargas LLosa e também gosto demais do Gabriel Garcia Marquez, que escreveu um dos livros que eu gostaria de ter escrito, "Crônica de uma Morte Anunciada". Os dois brigaram há uns trinta anos, depois que Llosa virou a mão na cara do Gabo, em público, num cinema na Cidade do México, em 1976. Que foi fotografado, mas segurou a onda.
A história real surge agora, quando o fotógrafo que registrou o rosto do agredido torna públicas as fotos que guardou por 30 anos. Apareceu um repórter inglês informando que o motivo do soco foram os conselhos oferecidos por Garcia Marquez à mulher de Llosa, Patricia, abandonada pelo peruano em Barcelona, quando o don juan saiu atrás de uma sueca pela Escandinávia. Além de recomendar que Patricia se divorciase, Gabo teria sido carinhoso com a amiga, que, ao receber de volta o infiel, aproveitou para contar como fora consolada pelo colombiano. Ao se encontrarem no cinema, na estréia de um filme sobre os sobreviventes dos Andes, Vargas Llosa baixou o sarrafo em Gabo, que preferiu silenciar sobre o assunto.
Tá na cara que Patricia deu o troco, né?
Em 1980 ou em 81, entrevistei Vargas Llosa na pérgula do Copacabana Palace. Apesar da idade - para mim, que tinha 20 anos na época, ele era um senhor - fiquei encantada com o moreno bonitão e charmoso. Uma colega pouco mais velha que eu derretia-se toda, enquanto Patricia acompanhava, zelosa, a entrevista, arrumando o colarinho do marido. Tinha lá seus motivos. Patricia é prima de Vargas Llosa, que antes foi casado com a ex-mulher de um tio, como conta no "Tia Julia e o Escrevinhador".
É, eles escrevem bem, mas não deixam de ser uns galinhões...

Acima, Gabo com o olho roxo - e rindo muito da pândega, não?, e Vargas Llosa, em tempos d'outrora e agora

Pugilato literário

Brigalhada e disse-me-disse no mundo das letras. Um projeto que recebeu financiamento da Lei Rouanet levará 16 escritores a diferentes partes do mundo. Na volta, eles escrevem uma história de amor. Um dos mais ardorosos críticos que ficou fora do projeto batizou-o de ação entre amigos.
Para que tantos resmungos? Ora, ano passado a Petrobras anunciou que iria financiar 20 autores escolhidos por seleção pública, com nome na frente do projeto de romance ou poesia, igual em concurso literário. Ninguém chiou, embora já possa imaginar que vai haver auê quando sair o resultado, como aconteceu com os patrocínios de cinema em outras edições do Programa Petrobras de Cultura.
Já o chamado Bonde das Letras convocou autores escolhidos pelo idealizador do projeto. Não vejo problema, ao contrário.
Por que só cinema, balé, música e teatro podem ter subvenção pública no Brasil?
Eu quero mais é ver escritor sendo subvencionado! A gente precisa parar de ver livro como luxo neste país.
Outro dia uma amiga reclamou que eu não gosto de emprestar livros. Não gosto mesmo. Raramente empresto, na maioria das vezes para fins escolares e olhe lá. Na devolução, já recebi livros destroçados. Por isso, preferiria que as pessoas adquirissem seus próprios exemplares e os mantivessem, como eu faço com os meus. Livro para mim é patrimônio, com preciosidades abertas ao conhecimento, ao toque, à experimentação de todos. A literatura e a música são as expressões artísticas mais democráticas que existem, porém há muita gente interessada em segregá-las, limitá-las à elite pensante. O povo não merece o conhecimento, nem os escritores um apoio para ajudar o mundo a refletir sobre a vida e encontrar o alento que faz o planeta a seguir em frente.



Amantes das letras em seu santuário: Meu pai e Artur, com menos de um ano de idade, em 1989, conversando no ambiente natural desta família - a biblioteca doméstica

23.3.07

20.3.07

Bonitinhos também fazem filminhos ordinários


Não há o menor risco de eu me dirigir ao cinema para ver "Os 300 de Esparta". Na televisão são outros 500. Vejo muita porcaria por TV a cabo ou em DVD. Muita mesmo. Ultimamente, minha especialidade são filmes modernosos de pancadaria estrelados pelo inglês Jason Statham. É verdade que durmo na metade de todos ou fico indignada com o nível de bestialidade do roteiro. Mas são visíveis, até porque o ator funciona. Coisa que não acontece com os Van Dammes - este até que é simpático - ou com o incomparável em termos de canastrice Steven Segal, que deveria ganhar um Framboesa de Ouro pelo conjunto da obra.
Outro dia, na praia, assisti a cenas de pugilismo reais. Horrível, dois rapazes trocando socos. Brancos, um, nitidamente de classe média, bem nascido, de uns 19 a 23 anos, e o outro, mais jovem, adolescente, provavelmente de classe média baixa. O motivo da pancadaria deve ter sido fútil. O mais velho fez pose de boxeur inglês e deu dois socos no rosto do guri. Naturalmente, veio a turma do deixa disso, o musculoso ainda ameaçou pegar o garoto no calçadão até que o mais moço foi-se embora da praia. Ridículo, detesto esses showzinhos de testosterona,que podem acabar muito mal.
No cinema tem mais graça. Primeiro, porque soco tem som, faz barulho. Segundo, porque os protagonistas sempre soltam tiradas irônicas para compensar a selvageria com que distribuem pancadas ou tiros.
Os "300 de Esparta" deve ser daqueles épicos que vieram na onda de "Gladiador", violentos e vigorosos. O único que deu certo foi mesmo "Gladiador". Nem o próprio Ridley Scott conseguiu repetir a façanha no sofrível "Cruzada". Acabei de descobrir que "300", além de Rodrigo Santoro apresenta Gerald Butler, o escocês exuberante, que os leitores do Globo on line já arrasaram como canastrão só porque ele, mais do que Rodrigo, entusiasmou a mulherada entusiasmada na pré-estréia do filme, no Odeon. Butler ganhou minha total simpatia ao estrelar "Game of their Lives", um filminho sobre a seleção americana de futebol que eliminou a inglesa, em Belo Horizonte, na Copa de 50 (feito até hoje lembrado como a maior zebra das copas do mundo). O melhor que fez foi o "Querido Frankie", um pequeno e belíssimo filme britânico.
Mas nem Butler, nem o menino Rodrigo vão me fazer enfrentar Esparta! Esse só na televisão.

18.3.07

Visões

Enquanto eu considerei a manifestação na Avenida Atlântica impactante como as intervenções plásticas do artista búlgaro Christo, Jôka, o dono do Avenida Copacabana, ums de minhas leituras diárias favoritas, e seus leitores habituais viram no cemitério na areia uma afronta àquele cenário.
Meu amigo William Morrisey, americano, uma vez comentou que nos EUA é praticamente impossível ter amizades de ideologias heterogêneas. No Rio, no entanto, temos um conceito mais abrangente de amizade. Há alguns tipos que jamais freqüentariam nossa casa, mas os laços são formados, principalmente, pelo background sócio-geográfico. Poucos têm amigos que morem fora de sua área de circulação, mas o relacionamento afetivo respeita as diferenças ideológicas.
No blog do Jôka, encontro essas diferenças de visão - e adoro!
Quanto ao protesto, só achei mal bolado. Se pusessem celebridades televisivas fincando as cruzes nas areias, certamente teriam a atenção e a adesão de quem passeava no calçadão. Infelizmente, é só mais uma manifestação. Reflexiva, porém apenas uma manifestação.

17.3.07


700 mortos pela violência no Rio desde o início do ano.

A Suderj informa

Vai ter ventania de 80 km por hora e as águas de março fecharão o verão.
A temperatura, que não está nem aí pras previsões da Metereologia, continua alta.

16.3.07

Dúvida carioca

Eu me liqüefaço ou me volatizo?

15.3.07


O móvel que mais se trocava na casa de meus pais era sofá. Na minha, não, eles vão se acumulando. Acabo de receber um novo, herdado, como a maioria dos demais. Atualmente, tenho seis sofás em casa, acho que para compensar os anos de dureza em que convivi com um espécime da Imperatriz das Sedas.
A casa é grande o suficiente para abrigar tantos sofás e não há nenhum exagero, não. Em meus primeiros 12 anos de vida dormi num sofazinho Gelli, daqueles que a gente puxava umas madeirinhas, à noite e botava almofadões para virar uma caminha. Coisas de minha mãe, que custou a me montar um quarto comme il faut, com cama, mesinha de cabeceira etc. Ela detestava que a gente se aboletasse em sua cama. Vivia repetindo que cama era para dormir, não para receber visitas.
Talvez venha daí minha mania de colecionar sofás, instalando-os, inclusive, nos quartos. Outro dia, peguei um que ia para o lixo. Era de um vizinho, ideal para a varanda. Está lá. No quarto de Júlia, um sofazinho pequeno, herdado de Eduardo; na sala de entrada, um Tok & Stok que comprei; na sala principal, um sofá que foi de minha avó, meu tio, minha mãe, além de outro Tok & Stok; agora, no quarto dos meninos, o novo sofá, herdado de Cíntia. Sem contar, naturalmente, com o sofá de alvenaria da outra varanda, que serve de cama quando a casa está cheia de hóspedes.
Para tristeza do meu show room, o do quarto de Júlia será passado, este fim de semana, para outra amiga, que está sem móveis na casa nova.
Será que alguém tem algum sofazinho sobrando por aí pra me arrumar?

Pressa


Semana tumultuada. A canícula tá de matar, a casa inteira desaba em viroses múltiplas, um monte de coisas a fazer, trabalho acelerado, fechamento de revista, de jornal e início de um relatório de responsa brabo.
No meio tempo, fui a Paraty, conheci, caminhei muito, cortei e sujei o pé, imaginei que ali começaria uma nova fase caminhante, porque adquirir hábito pra mim é igual a largar dependência química, tem que ser no embalo. Quando eu era fumante torcia muito pra largar o cigarro depois que a gripe que me impedia de fumar acabasse. Lógico que não deu certo, deixei o cigarro numa sexta-feira, véspera de Carnaval, indo pra Sapucaí fazer desfile de escolas-mirim. Foi a última vez em que fumei oficialmente, quase dez anos atrás. Depois, dei umas tragadas, fumei, estourando, nesse tempo todo, uns seis cigarros, tomando o cuidado de nunca acender o segundo, pra não voltar pro vício.
Caminhar também segue a intenção de pegar no tranco. Desta vez, não pegou.
A estrada até Paraty é deslumbrante, de cair o queixo, apesar da distância, que parece aumentar no ônibus parador. Quatro horas e meia de chão. Trecho final doloroso pra quem enjoa em carro como eu. A cidade estava um forno crematório, tão quente quanto o Rio. Preciso voltar sem tanta correria de trabalho.

13.3.07

Exorcismo


Tô com cara de entojo, como dizia minha mãe.
Sabe aquela inexpressão de desprezo pela humanidade? Aquele olhar Colin Firth fazendo aristocratas ingleses? O olhar superior de top model altíssima quando se equilibra sobre os cambitos, pisando duro e fazendo barulho com os pés, joelhos curvos, do jeito exato como caipira anda quando usa salto alto pela primeira vez? Da Meryl Streep no "Diabo Veste Prada"? Do Alan Rickman ou do Jason Isaacs fazendo gente besta (atores ingleses são especialistas nesse olhar de entojo)?
Tô assim, assim.
E tonta.
Com calafrios e suores frios.
Uma pontada de dor no lado direito do abdômen.
Poderia ser crise de vesícula. Mas é virose mesmo.
E tem que passar.
JÁ!!!!

8.3.07

Corrente



1. Pegue o livro mais próximo. (*)
2. Abra na página 23.
3. Encontre a quinta frase.
4. Coloque em seu blog o texto desta quinta frase junto com estas instruções.

"Pois, embora o impulso erótico feminino tenha sido uma força constante, as suposições sobre o prazer sexual feminino - e portanto sobre as experiências que as mulheres têm do próprio prazer - variaram loucamente de uma época para a outra"

Promiscuidades - A luta secreta para ser mulher, de Naomi Wolf

(*) Conceito elástico, já que estou literalmente cercada por algo em torno de 35 livros. O mais próximo, realmente, era "Sapatos", de Linda O'Keefe, que também convinha muito num dia Internacional da Mulher...

5.3.07


"Anotações sobre um escândalo", de Zoe Heller, foi um dos livros mais instigantes que li em 2006. "Notas sobre um escândalo", de Richard Eyre e do roteirista Patrick Marber (agora entro na onda de dar o crédito ao roteirista por filmes, depois da briga do Iñarritu e do Arriaga), foi um dos filmes mais instigantes que vi em 2007.
Tenho a maior tranqüilidade em fazer tal afirmação, pois é certo que "Notas" é daquelas histórias que ficam dentro da gente e que serão ofuscadas por tantos outros lançamentos ao longo do ano inteiro. O ano passa rapidamente, porém as lembranças do primeiro semestre se embaralham quase sempre e, na hora de montar as listinhas de melhores filmes, os críticos geralmente se esquecem do que surgiu antes de setembro. Imagine o que vem antes de julho.
Ao contrário da maioria dos espectadores, não vi nada de espetacular na Cate Blanchett, uma atriz com tudo para se tornar diva, mas que vem se tornando a Jessica Lange da hora, repetindo as mesmas caras e bocas em todos os personagens. Se são esfuziantes, parecem-se com a Katherine Hepburn do "Aviador". Se são sofridos e contidos, viram a protagonista do filme que ela fez com o Giovanni Ribisi na Itália, Paraíso. Sempre bem, mas não mais brilhante como foi em "Elizabeth" ou em "Oscar e Lucinda", ela se curva à força de Judi Dench, a vilã e condutora da história. A velha dama malvada é sempre diferente a cada filme. Na indicação do Oscar do ano passado, ela era a simpática e libertária "Mrs Henderson", criada por Stephen Frears e Martin Sherman. Totalmente diferente da recalcada professora Barbara, homossexual enrustida, fascinada por uma jovem colega, Sheba, casada com um homem 20 anos mais velho. A interpretação também é outra para a aristocrata pavorosa da última versão de "Orgulho e Preconceito" para o cinema.

O filme não se limita ao show de Dame Dench e aos bons desempenhos do elenco (além da Blanchett, Bill Nighy, maravilhosamente ridículo, Philipp Davis, como um patético professor apaixonato por Sheba), mas à reflexão sobre a velhice, a solidão, as paixões que não enxergam as diferenças etárias (Sheba pelo marido, no passado, Sheba por um aluno menor de idade, Barbara por Sheba, o professor por Sheba), o tédio do cotidiano e a teia de mentiras armada para conquistar amizades ou amores. Como pano de fundo, o profundo desprezo da velha professora pelo sistema educacional inglês e pelos alunos, expresso em suas primeiras observações.



"A Rainha" de Helen Mirren é um trabalho magnífico, pois imaginar uma personagem contemporânea, sobre a qual pouco se conhece, num mundo de culto à superexposição pessoal é uma façanha. Discordo, no entanto, da visão de Frears/Martin Sherman para o episódio da morte de Diana Spencer. Apresentado como o fim de uma era de discrição e o início da idade moderna, pop, barulhenta e superexposta, ele encobre o que aqueles elogios fúnebres realmente significavam: a venda extraordinária de jornais e revistas, a formação de público leitor e audiência nas emissoras de TV. Mas é um filme interessante. Com outro daqueles elencos perfeitos como as produções britânicas costumam apresentar.
O ano começa bem para as atrizes, todas com porte de Bette Davis.

2.3.07

Aquele nó no peito

O som das gargalhadas vem da sala e abafa a marcação do gotejar do ar condicionado do vizinho de cima sobre a veneziana do quarto. Cercada de barulho eu me protejo da angústia que toma conta de qualquer um ao ler que uma menina ficou paraplégica e um homem teve uma perna amputada. Ambos são vítimas de um tiroteio em São Paulo. No Rio, três franceses de uma ONG foram assassinados brutal e absurdamente por um ex-atendido pela mesma ONG. Mortes que reforçam os clamores pró-pena de morte - que, a meu ver, nada resolveria em termos de violência.
Quero mergulhar nas águas cristalinas-mas-não-tão-limpas-assim. O mar andou lindo nesses dias e vai afastar um pouco dessa dor, dessa angústia solidária e impotente que só acaba se o mundo mudar, melhorar e tentar tornar a vida apenas um pouco feliz.

1.3.07




Parabéns, Rio!!! Parabéns a todos que insistem em fazer desta uma cidade maravilhosa.