19.11.08

Da série Ai, meu Deus, era tudo o que eu queria


Hugh Jackman, 40 anos, é o homem mais sexy de 2008 segundo a revista People.

14.11.08

À tarde


A inocência do envelhecimento, a incerteza da maturidade, o olhar maravilhado para o novo não se esgotam na plenitude de minha vida. As descobertas persistem - são infinitamente maiores do que as experiências.
No dia em que perder a capacidade de me admirar terei, enfim, justificado todas as rugas e cãs que rodeiam minha carcaça alquebrada pelo excesso de maus tratos d'alma e alimentação indevida.
Gosto de cultivar a esperança do eterno aprendiz.

13.11.08

Clarice sem mistérios


Lendo crônicas de Clarice Lispector escritas para o Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, encontro uma mulher bem maior que a escritora. Há algum tempo eu já me encantara com sua ingenuidade romântica dentro de uma cidade pequena, que era o Rio de então. Agora e na outra ocasião, lia Clarice para fazer resenhas de livros reunindo textos dela.
A romancista, contista e também autora de livros infantis, sempre achei chatinha, excetuando A Hora da Estrela e os trechos da Paixão Segundo G.H. sobre baratas. Aquela angústia perene me cansava, assim como a depressão do neo-realismo italiano, que conheci aos 13 anos assistindo a Ladrões de Bicicleta no MAM, com meus pais. Preferi o outro filme que vira no mesmo dia, O Delator, drama pesadíssimo de John Ford, com Victor McLagen fazendo um traidor da causa revolucionária irlandesa. A corrupção da alma que não tem amor à pátria era mais atraente do que a miséria corrompendo honestos. Não sabia, então, que as duas histórias tratavam do mesmo tema, claro.
Clarice era uma das escritoras favoritas de meu pai. Minha mãe também não tinha muita paciência para os devaneios metafísicos de sua literatura, embora me comprasse os livros infantis que ela escreveu. São muuuuuuito chatos e deprimentes. Mas a Clarice contratada para escrever colunas de jornal era outra pessoa. Divertida, sem temer a superficialidade, apaixonada, derramada, maravilhada pela convivência com a nata da intelectualidade brasileira (e estrangeira, também, como na entrevista com Pablo Neruda), deslumbrada com os filhos meninos, afetuosa em suas memórias de infância. Não parecia escrever para o público, mas para ela mesma, mostrando um pouco de sua vida, cautelosamente, não da forma exagerada e narcisista utilizada por muitos colunistas atuais. As manias, as neuroses, o uso da experiência para fins literários surgem em boa parte dos textos, que hoje seriam demasiadamente longos neste mundo de tempo mirrado.
Eu custei a reconhecer que a angústia de Clarice era a de todos nós. Por isso gosto mais da Clarice real - no que se apresenta como real - do que da Clarice artista. Através dessa Clarice que fazia jornal, mas não era jornalista, de artigos longos, publicados aos trechos, em sucessivas semanas, entendo a mulher que se escondeu na literatura.

9.11.08

Tá todo mundo aí!

Eduardo Paes vem anunciando seu secretariado com muita gente que, como ele, foi do PSDB. Tem Cláudia Costin, que trabalhou na administração de Alckmin e de FHC, Ruy Cesar, que foi secretário do Cesar Maia, o secretário de Saúde é deputado do PSDB.
Ué, não era para escorraçar o PSDB do Rio de Janeiro?
Mas há novidades! A ex-médica e ex-baterista Jandira Feghalli, do PC do B, assumirá a pasta da Cultura. Projetos fluidos há diversos, como a eterna revitalização da Zona Portuária (ouço isso desde que comecei em jornal, há 27 anos) e a ampliação do Corredor Cultural através da Lapa, local que ressurgiu como ponto de concentração noturna carioca com a instalação do Circo Voador, há cerca de 25 anos. E demorou muito tempo até juntar gente em bares como o Semente, os brechós abrirem suas portas para atrações musicais e aquilo se firmar, entrando, então, o incentivo público - que poderia ser mais eficaz, com isenção de impostos e reurbanização de diversos lugares. Ou vai dizer que foi a Prefeitura que estimulou os restaurantes atrás do CCBB a se manterem abertos à noite?
A Prefeitura, sim, fez a Lagoa abrir-se ao carioca à noite com a instalação dos quiosques, mais acolhedores que os da orla maritma. Onde há comércio, aparece gente que passa a utilizar o espaço público.
A Secretaria de Cultura deveria procurar estimular a imensa clientela da rede pública escolar - a maior do mundo, olha que orgulho por sua grandeza, porém não pela qualidade do ensino medíocre que conheci de perto - a conhecer diferentes expressões culturais com visitas freqüentes a teatros e museus, não aquele passeiozinho único do ano, em que os meninos aprendem que existe um mundo ao qual só terão acesso como serviçais. A Secretaria de Cultura poderia se preocupar mais com a indigência dos teatros de sua rede. A Secretaria de Cultura poderia juntar-se à de Educação para estimular os professores a se tornarem leitores.
A Secretaria de Cultura tem um projeto concreto: rever as Apacs, que engessaram as construções novas no congestionadíssimo espaço da ZSul. Não sou contra a revisão, acho que a diversidade arquitetônica deve existir numa cidade grande, abrindo espaço para a modernidade, sim. No entanto, botar espigão, vendendo apartamentos a preços de castelo na França, não é uma preocupação cultural. Adoro ver Botafogo * com edifícios modernos e calçadas maiores. Particularmente acho que o Catete e o Largo do Machado mereciam uma modificação arquitetônica. Mas é tão estranho que as Apacs só causem revolta no Leblon...
Seria esta uma prioridade da Secretaria da Cultura?
* Um bairro que se valorizou, em parte, pela iniciativa do Grupo Estação, que começou com um cinema feioso, no fundo de uma galeria, mudando o perfil de uma geração de cinemeiros na cidade. Hoje tem seis cinemas que levaram à abertura de bares e uma livraria nas vizinhanças. Cultura não serve apenas à discussão de idéias, mas à geração de mais impostos.

7.11.08

Vicky Cristina Barcelona


Não adianta botar Penélope Cruz e Javier Barden pra virar Almodóvar. Em sua procura por locações que modifiquem a linguagem novaiorquina que ele próprio cunhou, Woody Allen traz algo melhor do que alguns equívocos cometidos, como Igual a tudo na vida, mas ainda a quilômetros da genialidade exibida em Match Point. Mais que Almodóvarismos óbvios, como o título esquisito e as locações em belas cidades espanholas, a história tem seu toque de Truffaut, com um narrador que explica os sentimentos das protagonistas, enquanto se discute o amor - com a realização das fantasias masculinas mais banais no triângulo amoroso entre a onipresente chatinha Scarlett Johanssen e o casal espanhol.
Desta vez, o homem apaixonado de Woody Allen é, além de prolixo, um latino ardente, com Barden encarnando todos os clichês imagináveis para compor o personagem. Penélope Cruz é a ex-mulher dramática, passional, à beira da esquizofrenia absoluta. Ou seja, os latinos são todos bipolares na visão das duas americaninhas ricas e desencantadas com a vida. Lógico que a gente espera mais de Woody Allen, embora a elegância esteja sempre em cena, dominada pela exuberância de Barden e Cruz.
Mas sempre é um Woody Allen, ainda que numa incursão pelo universo de Truffaut, com arroubos apaixonados minimizados pelo choque de culturas.

5.11.08

Enfim!



Os sensacionais Nicholas Brothers, bailarinos

Paul Robeson, cantor, ator e ativista político

Michael Jordan, atleta
Ben Vereen, bailarino
James Baldwin, escritor


Stevie Wonder, músico

Muhammad Ali, pugilista

B. B. King, o rei do blues

Whoppie Goldberg , atriz

Forrest Whitaker, ator

Denzel Washington, ator
Sidney Poitier, ator
Halle Berry, atriz
Oprah Winphrey, a mulher mais poderosa dos EUA
Little Richard, pioneiro do rock e da maquiagem masculina
Marvin Gaye, músico
Louis Armstrong, o Satchmo, músico
Jesse Jackson, político
Quincy Jones, músico
Kareen Abdul Jabar, jogador de basquete
James Brown, cantor
Ella Fitzgerald, a diva do jazz

Gregory Hines, bailarino
Count Basie, músico
Bill Cosby, ator
Duke Ellington, músico
Ray Charles, músico
Aretha Franklin, a Lady Soul
Spike Lee, cineasta
Chuck Berry, pioneiro do rock
Sammy Davis Jr, entertainer
Cab Calloway, entertainer
Josephine Baker, entertainer
Hattie McDaniel, a primeira pessoa negra a ganhar um Oscar
Dorothy Dandridge e Harry Belafonte
Malcom X, político
Rosa Parks, a costureira que, em 1955, negou-se a ceder seu lugar no ônibus a um passageiro branco. Sua prisão levou ao boicote de 360 dias contra as empresas de transportes segregacionistas, um marco no movimento de igualdade racial norte-americano.

Angela Davis, ativista política
Martin Luther King, político

4.11.08

Hoje é dia de lavar roupa!



Mas eu tenho uma Westinghouse...