28.10.09


É só começar a fazer dieta pra dar uma vontade louca de tomar cerveja, comer bolinho de bacalhau y otras besteiras mas em qualquer botequim da cidade...

27.10.09

Horário de verão



Sim, estou exausta. Doem-me pulsos, dedos, joelho, artelhos, as populares juntas, a base da coluna.
O ânimo ficou no último texto que escrevi profissionalmente.
Sim, ando exausta, porque trabalhar por conta própria exige uma dedicação maior do que a do assalariado, que esquece o ofício fora do expediente.
Gosto de trabalhar e acho que nunca poderei deixar de lutar pelo pão de cada dia. Ansiosa, comprometo-me com o maior número possível de tarefas, tentando garantir que o pão chegue à mesa todos os dias.
Uma vez me disseram que desse jeito, não havia tempo para gastar dinheiro.
O problema é o temor de crises que podem surgir abruptas como tsunamis.
Enquanto a gente está no rasinho, é bom se precaver...

25.10.09

Perigosas Peruas



A explosão dos peitos de Mariah, a androginia de Grace Jones (e isso lá é corpo de 61 anos?), a estranheza de Donatella.
Rio rocks?
A semana foi realmente letal nesta cidade...

20.10.09

O horror, o horror

A morte se torna besta e vulgar quando não nos atinge. E toma proporções de tragédia se pega alguém educado e branco. Se de outra etnia, e artista, aí, sim, nos toca.
Então, esta semana, além da recente batalha do Morro dos Macacos, que teve até helicóptero da Polícia abatido por traficantes, o coordenador do Afroreggae foi assassinado em um assalto, e um acrobata da Intrépida Trupe morreu sob golpes de marreta, em casa, em Santa Teresa.
Leio aqueles comentários de leitores do Globo On Line.
Alguns deveriam ser realmente considerados ofensivos à humanidade. Porém lá permanecem. Enquanto há pessoas com mentalidade humanitária, que acredita na punição aos criminosos sem pena capital, qualquer um desses episódios é ensejo para loas ao extermínio total dos "favelados".
Há muito me ofende este conceito pejorativo, assim como piadas racistas, sexistas ou sobre deficientes de maneira geral. Além do extermínio, prega-se a esterilização dos pobres. Sim, porque pobre e favelado são sinônimos de bandidos em potencial.
Nosso problema vai um pouco além da tensão social. É, basicamente, a falta de educação e de valores. Encontramos, em pleno século 21, mentalidades mais reacionárias, que nutrem profundo desprezo pelo que é diferente, do que 100 anos atrás.
Nem esses representantes da estupidez humanas, com suas mentes deturpadas, merecem a morte nas mãos de bandidos que não nutrem qualquer respeito por suas vítimas. Mas parece que tanto esses bandidos como os que clamam por extirpar dos pretos e pobres o direito à vida encaram o mundo como aqueles nazistas sanguinários de cinema. Não os de comédia, como Bastardos Inglórios, mas os que surgem nas recordações de sobreviventes de campos de concentração, gente sem a menor piedade, que matava prisioneiros como se abatesse uma nuvem de mosquitos.
Em que estamos nos transformando?
Que brutalidade é essa que nos cerca e nos deixa indiferentes?
Enquanto isso, exibimos nossos sorrisos esplendorosos nos Facebooks, Orkuts e aonde mais pudermos estampar a felicidade oca de vidas vazias.

18.10.09

Sem vida


Arranca-me a Vida foi o livro que me apresentou à Angeles Mastretta. Foi o início de uma ardente paixão pela autora, através da trajetória de Catalina, que se casa com o general Andres, um dos piores exemplos do macho latino-americano, político e militar poderoso, com uma penca de filhos ilegítimos, que a jovem ajuda a criar. Enquanto os anos se passam, o país e a protagonista sobrevivem aos ditadores, às injustiças, às regras sociais sufocantes. O preço da liberdade é a morte do amor.
Há cerca de um mês, assisti ao filme, que segue quase que fielmente o livro, mas sem nem de longe provocar o mesmo arrebatamento que o romance. Talvez o problema seja eu ter lido o livro antes. O filme foi a mais cara produção mexicana de todos os tempos. No entanto, falta a ele a empolgação, a ironia e a alma de um país inteiro. Isso ficou para os leitores.

Deste lado do paraíso, fingimos que a guerra de outros recantos não nos atingirá.
Será?


Para Hélio, com muito ardor



Parangolé
Pira
Pirangolé
Delirando
Pirando
Pairando
Degolado
Pirangolado

9.10.09

IgNobel

Tudo bem que o Obama é simpático, mas daí a ganhar um Nobel da Paz... Nem ele esperava.
Se o negópcio era dar pra americano, a Angelina Jolie é bem mais bonita...

A glória dos bastardos


Atenção: este é um daqueles filmes que se ama ou se detesta. Quem pensa que Bastados Inglorios é um filme "de" Brad Pitt, vai se decepcionar. Idem para quem aguarda mais uma sequência de lutinhas para meninos-machinhos-eternamente-jovencitos de Quentin Tarantino.
Bastardos - uma referência a um C movie, década de 70, creio, quintessência do cinema porcaria, em que todos os mocinhos se trajavam e tinham cabelos à moda da época, mesmo se a história se passasse na Idade Média - é filme para quem gosta de cinema, que identifica personagens e passagens com um sorriso no canto da boca, que ri da bobajada, vira a cara nas cenas violentas e escatológicas, além de reconhecer uma trilha sonora acuradíssima, combinando Enio Moriconne e David Bowie. Uma comédia calcada nos clichês dos filmes de guerra, com nazistas ridículos, vilões nojentinhos, mocinhos tão nojentos quanto seus rivais, mulheres lindamente fatais, esgares e canastrices habilmente distribuídas através do elenco, que ainda singra as águas da farsa ácida tão explorada pelos irmãos Cohen.

Na essência, emerge o cinema como tema, em meio à trama que mescla o grupo de extermínio de nazistas em plena França Ocupada, uma bela agente dupla, uma jovem judia que sobrevive à chacina da família, a vaidade e arrogância dos conquistadores alemães, a vaidade e arrogância dos justiçadores americanos - os Bastardos. E mais não se pode falar, sob pena de estragar as surpresas da inversão histórica que leva a gargalhar com os absurdos de um enredo ágil, que se desenrola ao longo de quase três horas sem cansar ninguém. O destaque absoluto é para o carismático Christoph Waltz, que levou o prêmio de interpretação em Cannes, num papel ridiculamente cômico. Admirável incorporação de um personagem detestável, porém atraente e de invejável fluência em idiomas. Em ponta, o habitualmente bom Mike Meyers está ruim. E Brad Pitt está a cara do Dom Corleone, em outra referência adorável levantada por Tarantino.

2.10.09

Samba, suor e lágrimas

Minha alma canta!!!!!



Se a gente já chora em competição esportiva, imagina quando sabe que vai sediar um montão delas? As Olimpíadas de 2016 prometem ser as mais emotivas de todos os tempos. A comissão da candidatura já deu um gostinho do que virá pelaí. Começou com Guga, continuou com Pelé, culminou com a Bárbara Leôncio e arrematou com Lula.
Com o patrocínio de Kleenex (ou lenços de papel Yes, pros mais velhinhos) chegaremos longe.