27.2.07

Mais Oscar


Desde que perdi meus companheiros de maratona do Oscar - meus pais e meus padrinhos, com quem varava as madrugadas discutindo filmes e apresentações cafonas -, cumpro um ritual na entrega dos prêmios: telefonemas a cada intervalo comercial para dois amigos, Eduardo e Solange. Depois que Edu se mudou para o Brooklyn, os "que vestido era aquele da Nicole Kidman?" ou "Gente, essa Cameron Diaz continua com o mesmo descabeleireiro..." se limitaram a ser trocados com a Sol, que este ano foi passar um mês na Europa.
Ou seja, fiquei sozinha vendo aquele desfile de roupas e gente bonita, até que Júlia decidiu me acompanhar. Mas aí já não havia o melhor da festa: os comentários de Rubens Ewald, que é melhor do que Lecy Brandão apontando a Tia Sianinha ou Vó Miguelina das comunidades das escolas de samba. Antes que Júlia reclamasse que eu queria competir com o Rubens Ewald, declamando nomes de filmes e artistas nos clipes, Rubens fez suas habituais observações que dão alma à festa. Como Edu e Sol estão fora, coletei algumas pra eles, que o primeiro publicou em seu blog e que eu reproduzo aqui:

* Helen Mirren que se cuide! Existe uma síndrome do divórcio pós-Oscar. Foi assim com a que fez Menina de Ouro, com a Reese Whiterspoon... Se bem que só agora a Helen se casou com o Taylor Hackfort. Ela é muito liberal. Fez aquele filme... ai, não me lembro o nome agora.... com Peter O'Toole... Ah, Calígula!!!! Ela aparecia nua em Calígula, ela é liberal!

* Ela está com uma roupa de oncinha? A mulher do John Travolta está com roupa de oncinha????!!!!!

* Pode ser ainda que o Clint Eastwood engula o Scorcese. Pelo menos na altura, já que ele tem quase dois metros de altura e o Scorcese é pequenininho.

* Custei a reconhecer a Reese Whiterspoon. Cadê o queixo? O queixo dela chega antes.

* E a melhor, sobre a coitada da Penelope Cruz: "Não posso me conter: esta moça está muito sem graça! Muito mal arrumada, mal vestida! Isso não é roupa de vencedora de Oscar. Ela não está à altura de uma Sophia Loren... Uma cara de passarinho... Bem, ela só está aí porque namorou Tom Cruise, claro!"


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Observações tardias sobre o Oscar:

- Torci muito pela música da Melissinha. Aquelas cançõezinhas chatas de "Dreamgirls", tão bem feitinhas, prontas pra grudar no ouvido, só podem ser tão insuportáveis quanto a moça que perdeu o American Idol. Não a vi no filme (nem vi o filme, que só me levará ao cinema se a Júlia me arrastar), não posso falar de sua atuação como atriz. Como cantora, ainda deixa a desejar. O alcance falha em notas baixas e solta aqueles agudos insuportáveis, sem qualquer alma. Bem parecida com a Beyoncé, que é linda, tem uma vozinha agradável, mas falta volume, soul. Diana Ross tinha a alma e o feeling garantidos pelos backings das Supremes. Sem aquele apoio, restou o lamê. E a inspiração para servir como cover em shows de travestis,claro. Dá pra sentir a falta de estofo na trilha sonora de "The Wiz", onde canta a veteraníssima Lena Horne, na época com uns milhões de anos e um vozeirão que abafava até a beleza da Ross.

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A dúvida que não quer calar: sofremos com o aquecimento global ou com o verão carioca, que deu ao Rio uma temperatura média até reduzida, mais parecida com a de Manaus que a de Teresina?

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Só para não ser injusta e fútil, aqui estão o Scorcese e os demais premiados. Ah, o Hugh Jackman foi uma lembrança para a Sol, que nem deve ter visto o Oscar lá no Hemisfério Norte.. Porque a gente também fala dos moços bonitos, além das roupas, dos vestidos, da arte...

26.2.07

Glamour

A noite foi de reis e rainhas, mas o melhor da festa foi ver a festa que os quatro grandes de Hollywood - Spielberg, George Lucas e Coppolla - fizeram para Martin Scorcese.
Oscar é cafona, chato, mas quem não vê? Os vestidos deste ano estavam divinos, embora Meryl Streep continue equivocada, mesmo quando veste Prada. (Li num outro blog que ela estava muito original. E me lembrei de que os concursos de fantasias de carnaval sempre tinham um prêmio de Originalidade, em que Elói Machado ou Wilza Carla ganhavam como "Vendedor de balões". Como se repetiu a fantasia de vendedor de balões... Então, a Meryl foi a Originalidade Feminina L.A. 2007)




Gracinha estava sua "assistente", Anne Hathaway.



Bom também foi a zebra de Alan Arkin. Lamentei por Peter O'Toole, um homem que foi lindo e hoje é ... bem, idade mais alguma ingestão de álcool costumam deixar suas marcas. Ainda bem que podemos guardar sua imagem de "Lord Jim".

Em Botafogo, 16h de um sábado ensolarado

O menino é abordado por um rapaz de bicicleta que lhe pergunta se conhece alguma oficina onde possa consertar pedais. Quando o menino diz que só sabe de uma loja atrás do Rio Sul, o ciclista se identifica:
- Meu nome é Rodrigo. Como você foi muito educado, não vou botar uma arma em sua cara. Passa discretamente o celular e o dinheiro, tô precisando de 250 reais, meu primo foi baleado.
- Ih, cara, não tenho celular e se eu tivesse 250 reais, não ia andar com ele no bolso. Tenho só R$ 2 aqui ...
- Ah, então deixa, que você pode precisar dessa grana.

E zarpa com a bicicleta.


- Fragmentos do discurso invertido: o ladrão, magnânimo, explica que não causará constrangimento ao assaltado, pois gostou da gentileza da vítima; informa ainda o montante necessário e a razão de praticar um crime; confia na palavra da vítima, que demonstra sinceridade ao esclarecer que não tem celular nem grande quantia de dinheiro. O tom é de convencimento, não violento.
- Este é o segundo assalto não concretizado do qual meu filho é vítima. No anterior, por estar de uniforme de escola pública, foi dispensado pela dupla de pivetes, enquanto um dizia para o outro: "Se ele tivesse grana não estaria em escola pública".
- O assaltante não sai de seu conforto por pouca porcaria. Como qualquer profissional autônomo, não quer saber de ter trabalho por alguns trocados apenas(uma amiga minha, numa abordagem dessas, foi instruída pelo ladrão a dar "nota grande").
- São Dimas deve estar protegendo os cariocas.

23.2.07



Um mergulho nessas águas, mesmo com a cidade e o barulho em volta, já faz a vida valer a pena.
Ser carioca leva a gente a acreditar na existência divina.

21.2.07

Até pro ano...

Ventilador pifou, computador pifou. Fui pra praia...
Foi carnaval, gente!
Ano que vem começa segunda-feira, ora!
Até lá, skindô,skindô...

14.2.07

Sugestão para a paz


Se todos os cidadãos, de qualquer idade ou sexo, tivessem direito a uma massagem nos pés dia sim, dia não, o Rio seria uma cidade mais feliz.
Não é brincadeira, não. Sem qualquer conotação erótica - tem tarado por pé que fica doido só de ler isso -, dificilmente alguém resiste a uma massagem nos pés.
Sem cair na bicho grilice deslumbrada, poderia bem haver um projeto com serviços de saúde entrando nos locais mais pobrezinhos para fazer massagem nos moradores.
Seguiríamos o exemplo de Cristo, que lavou os pés dos apóstolos na última ceia.
Ou das indianas que fazem shantala em seus bebês para tranqüilizá-los, dar carinho e segurança.
É muito difícil alguém sair fazendo besteira depois de uma boa massagem, daquelas que nos provoca apenas suspiros de enlevo puro.

9.2.07

O horror

A morte do menino João Hélio num subúrbio do Rio lembra a punição que só li na Bíblia e em relatos da Antiguidade ou Idade Média, quando alguém era era arrastado por cavalos e tinha o corpo esfacelado. Há anos houve um caso semelhante e a criança perdeu a mão.
Não sei qual é a maior sensação de fracasso: dos pais do menino de seis anos ou dos pais dos jovens bandidos que roubaram o carro da mãe e não perceberam ou não ligaram para o fato de um menininho estar preso pelo cinto, do lado de fora do automóvel.
Quem vive no Rio teme que a violência torne seu filho uma vítima ou um bandido.
E quem vive nas áreas menos valorizadas da cidade teme mais ainda.

8.2.07

As mulheres ao lado


Sim, tem muita coisa importante nos jornais de hoje, como havia nos de ontem, de anteontem e do século passado.
Mas vamos falar a verdade: além do desenrolar do crime da Mega-Sena, as notícias mais lidas são sempre as sensacionalistas. A Folha On-Line dá o ranking encabeçado pela foto da Cicarelli num site que falava em prostituição de brasileiras. Gente, como essa moça é alvo de ... tudo!!! Por mais que ela tenha se queimado com o casamento-relâmpago com Ronaldo, haja espaço pra mulher na mídia. Será que ela gosta? Discrição não parece ser o forte da Cicarelli, é só lembrar o vídeo de seus arroubos eróticos na praia com o namorado. O interesse na Cicarelli, no entanto, é menor do que o suscitado pela saída de Leandra Leal da novela de Manoel Carlos.
Já expliquei que sou um ser à parte no mundo televisivo. Não vejo novela nem Big Brother, embora saiba quem venceu cada uma dessas disputas. Então, realmente não entendo qual pode ser a importância para o planeta se uma atriz deixa uma novela, que, segundo li - eu me informo minimamente sobre esses assuntos - recebe críticas constantes por excesso de tramas, temas e personagens.
Erudita como sou, confesso: o que me interessou mesmo foi a baixaria da astronauta americana casada que jogou o carro contra o bar aonde estaria a namorada de seu amante, outro astronauta, com quem andou viajando pelo espaço sideral. Estamos desbravando novos mundos, novas civilizações, chegando audaciosamente onde nenhum homem jamais esteve, porém continuamos nos enrolando por causa da paixão. É a história da Humanidade, a tragédia do cotidiano, que inspira tantos artistas como fez Truffaut na "Mulher do Lado". Pena que o caso dos astronautas provavelmente venha a gerar apenas um telefilme com elenco oriundo de séries produzidas pelo falecido Aaron Spelling - que escolhia atores como, no Brasil, se seleciona mocinhos para "Malhação", todos bonitinhos, mas ordinários.

7.2.07

Pra contrabalançar com as moças abaixo




Um só Hugh Jackman já é o bastante...

As espiãs que abalaram Paris




Meu amigo Jôka, do blog Avenida Copacabana, é, além de observador apaixonado dos tipos desta cidade, a memória viva da cultura popular. Há alguns dias ele escreveu em seu blog sobre a personagem Giselle Monfort. Imediatamente me veio à cabeça a frase Brigitte Monfort, a espiã nua que incendiou Paris. Isso me lembrava meu guru Ivson Alves, autor do Coleguinhas, o blog dos jornalistas cariocas, que citava Brigitte ou Giselle como personagens/mulheres de impacto.
Fiz uma baita confusão. A espiã abalou, não incendiou Paris. E era a Giselle mesmo. Mas havia uma Brigitte.
Então, segue o e-mail do Jôka, que esclarece, com seu estilo delicioso, o que as moças eram e faziam.

"Giselle Montfort era uma série de 4 volumes em pocket-book, lançada com muito sucesso pela Editora Monterrey no final da década de 60, e relançada várias vezes depois, algumas delas em um único volume.
A estória de espionagem narrava as aventuras da corajosa e bela francesa Giselle lutando pela resistência contra os nazistas.
Ela usava - alémda astúcia - o seu corpo espetacular para seduzir e aniquilar os chefes alemães, sendo que algumas vezes inoculava uma capsula com um veneno mortal na vagina, o que causava uma terrível morte instantânea nos taradões germãnicos.
Giselle morre no último capítulo, fuzilada nua e gritando "Vive la France !"
A Editora encomendou ao escritor espanhol de romances populares Francisco Ramires uma continuação da saga.
Muito talentoso e com a imaginação inesgotável, Francisco Ramires criou - sob o nome de Lou Carrigan - uma filha de Giselle que teria sido criada nos Estados Unidos, tornou-se uma jornalista belíssima, de renome mundial e premiada com o Pullitzer.
Essa linda mulher é portanto Brigitte Montfort, que além da carreira jornalistica tornou-se uma corajosa e invencível espiã da CIA.
Lou Carrigan escreveu uns 400 livrinhos das aventuras de "Baby" Monfort, todos maravilhosos e com as capas espetacularmente ilustradas por Benicio.

Mais informações no site-blog do autor,que se tornou meu amigo:
http://www.loucarrigan.com/blog/"

Embora eu seja uma leitora bastante seletiva, tenho fascínio por literatura popular, a que diverte sem grandes pretensões. Júlia, Sabrina, livros mulherzinha, uma bobajada só que veio substituir as fotonovelas como leitura feminina. Os "meninos" gostavam das besteiras de 007, de umas historinhas de faroeste e dessas histórias do Lou Carrigan. Uma época, meu pai e um tio andaram traduzindo esses livrinhos. Não sei se eram especificamente esses, mas o que eles mais achavam pitoresco era o fato de todas as heroínas - nos romances de amor - trocarem de roupa a cada duas páginas. Todas eram chiquérrimas e lindas, exatamente como continuam sendo as protagonistas da chick lit. Brigitte e Giselle compartilham com elas a beleza e o charme.

A prova que é possível envelhecer belamente


Um presente de aniversário pra Danúzia, embora seja o dia de Íris, minha bela afilhada, a mais linda morenaça de ROstras.

6.2.07

Num areal...



... necessita-se de um arqueólogo, ora!
Já que a cor local agora é esmaecida, o tom alegrinho ficou nos títulos das seções. Os blogs linkados agora são "Outras Praias", os arquivos recentes viraram "Escavações" e os ancestrais atendem pelo nome de "Sambaquis".
Indiana Jones já virou peça de museu - que Spielberg pretende polir e botar em nova exibição -, mas vale como inspiração para os exploradores da blogsfera.

Enfermaria do design

Seguindo os papas do design, optei por este layout branquinho, hiper clean, sem as cores exuberantes da vida nos trópicos.
Foi o que o Blogger, com seus insondáveis desígnios, me permitiu ousar na minha pagininha. Ficou este branco hospitalar, apropriado a um site que tenta recuperar sua própria identidade e preservar a dos visitantes.
Espero, sinceramente, que os banhistas que freqüentam esta praia consigam imprimir suas marcas no calçadão dos posts!!!
E aos poucos, claro, conseguirei dar cor ao local!

1.2.07

Aviso aos navegantes

O blog fica com esta cara limpa, sem links hoje porque tenho que curtir meus filhotes.
O template anterior vai pro brejo, não dá pra acessar mesmo.
Deu loucura no Blogger, mas não sou eu que vou brigar com corporações poderosas.~
Não hoje.
Afinal, é fevereiro!!!
Já, já respondo a posts, felizmente novamente visíveis!!!!

E a Mardita?


Janeiro acabou, mas a estranheza que o mês inteiro foi permanece. Um tempinho esquisitinho, abafado, chuvoso, alguns momentos do dia de céu azul.
(Isso provavelmente afeta blogs também. O meu anda piradinho. As últimas mensagens no Post da Femme Fatale não podem ser lidas.)
Fevereiro começa com aquele amargor da despedida de gente que amo profundamente e que volta para seus cantos, findas as férias. Todas as gatas entraram juntas no cio. As aulas vão começar e Botafogo voltará a ser o bairro mais congestionado da Zona Sul, obrigando-nos a retomar os deslocamentos subterrâneos.
Nota científica anuncia que o zumbido nos ouvidos que acomete boa parte da população é prejudicado pela ingestão de mais três xícaras de café ao dia. Cafeicômanos em fúria trataram de xingar os jornalistas pela matéria, informando que recente estudo publicado em revista especializada afirma que a cafeína é bom para o Alzheimer, conexões neurais, aumenta memória e concentração ou coisa que o valha.
Minha mãe sofreu de zumbido por muitos anos. Vivia com cara de "o quê, hein?", aquela expressão abobalhada dos surdos, deliciada por sua própria deficiência, que a levou a usar um aparelhinho nos últimos tempos de vida. O aparelhinho não adiantava grande coisa, ela ligava e desligava o trequinho. Na verdade, temos audição em estéreo, enquanto os aparelhos de surdez apenas aumentam o volume dos sons, sem distribuí-los, o que confunde ainda mais o surdo. Ninguém falava que sofria de zumbido naquela época, só Mamãe. Zumbido era uma deficiência rara. Agora, ataca 17% da população mundial, segundo a tal matéria.
Há cerca de um ano comecei a sofrer surtos de zumbido e percebi que entrara para o hall dos deficientes auditivos de minha família materna. Confundo, muitas vezes, o que meus filhos falam por entre os dentes, geralmente "ouvindo" xingamentos que os próprios irmãos que seriam atingidos pela ofensa corrigem. Tenho alguns ventiladores de teto ruidosos que contribuem para minha confusão auditiva. Os barulhos eletrônicos me atordoam e não consigo distingüir se o som de um telefone vem da televisão ou de minha sala. Envelheci mesmo neste mundo cada vez mais barulhento em que vivemos hoje.
Há uns 18 anos, dormindo na casa de minha avó em Florianópolis, fiquei atordoada com o silêncio. Era tão profundo que me doíam os ouvidos. Uma estranhíssima experiência que durou aquela temporada inteira. Agora, temo perder nuances de tons e sons da mesma maneira que gradativamente confundo formas próximas e distantes, já que sou míope e de uns dois anos para cá sofro da vulgar "vista cansada". Cegueta, ficarei também com cara de boba e voz de pato, definição de William Faulkner para uma personagem surda. Minha mãe amava Faulkner e vivia repetindo essa frase.

Nos comentários do Globo On sobre a notícia, um chocólatra tranqüiliza os demais dependentes de cafeína, informando que 100 xícaras de café equivalem a 200 latas de Coca-Cola ou a 50 quilos de chocolate. Portanto, o limite de três xícaras de café/dia corresponderia a seis latas de Coca-Cola diárias ou a 1,5 kg de chocolate por dia. Acho que os cálculos devem ter por base a xícara dos norte-americanos, não o cafezinho brasileiro, que abandonei junto com o cigarro, trocando-o pela maldita Coca Light e pelo mate. Viver sem ambos não me passa pela mente. E tomo, religiosamente, meio litro ou um litro inteiro deles por dia. Algo ainda abaixo dos quase dois litros correspondentes às seis latas de Coca. Fico surda, mas ligadona!
Ah, Fevereiro...