7.2.07

As espiãs que abalaram Paris




Meu amigo Jôka, do blog Avenida Copacabana, é, além de observador apaixonado dos tipos desta cidade, a memória viva da cultura popular. Há alguns dias ele escreveu em seu blog sobre a personagem Giselle Monfort. Imediatamente me veio à cabeça a frase Brigitte Monfort, a espiã nua que incendiou Paris. Isso me lembrava meu guru Ivson Alves, autor do Coleguinhas, o blog dos jornalistas cariocas, que citava Brigitte ou Giselle como personagens/mulheres de impacto.
Fiz uma baita confusão. A espiã abalou, não incendiou Paris. E era a Giselle mesmo. Mas havia uma Brigitte.
Então, segue o e-mail do Jôka, que esclarece, com seu estilo delicioso, o que as moças eram e faziam.

"Giselle Montfort era uma série de 4 volumes em pocket-book, lançada com muito sucesso pela Editora Monterrey no final da década de 60, e relançada várias vezes depois, algumas delas em um único volume.
A estória de espionagem narrava as aventuras da corajosa e bela francesa Giselle lutando pela resistência contra os nazistas.
Ela usava - alémda astúcia - o seu corpo espetacular para seduzir e aniquilar os chefes alemães, sendo que algumas vezes inoculava uma capsula com um veneno mortal na vagina, o que causava uma terrível morte instantânea nos taradões germãnicos.
Giselle morre no último capítulo, fuzilada nua e gritando "Vive la France !"
A Editora encomendou ao escritor espanhol de romances populares Francisco Ramires uma continuação da saga.
Muito talentoso e com a imaginação inesgotável, Francisco Ramires criou - sob o nome de Lou Carrigan - uma filha de Giselle que teria sido criada nos Estados Unidos, tornou-se uma jornalista belíssima, de renome mundial e premiada com o Pullitzer.
Essa linda mulher é portanto Brigitte Montfort, que além da carreira jornalistica tornou-se uma corajosa e invencível espiã da CIA.
Lou Carrigan escreveu uns 400 livrinhos das aventuras de "Baby" Monfort, todos maravilhosos e com as capas espetacularmente ilustradas por Benicio.

Mais informações no site-blog do autor,que se tornou meu amigo:
http://www.loucarrigan.com/blog/"

Embora eu seja uma leitora bastante seletiva, tenho fascínio por literatura popular, a que diverte sem grandes pretensões. Júlia, Sabrina, livros mulherzinha, uma bobajada só que veio substituir as fotonovelas como leitura feminina. Os "meninos" gostavam das besteiras de 007, de umas historinhas de faroeste e dessas histórias do Lou Carrigan. Uma época, meu pai e um tio andaram traduzindo esses livrinhos. Não sei se eram especificamente esses, mas o que eles mais achavam pitoresco era o fato de todas as heroínas - nos romances de amor - trocarem de roupa a cada duas páginas. Todas eram chiquérrimas e lindas, exatamente como continuam sendo as protagonistas da chick lit. Brigitte e Giselle compartilham com elas a beleza e o charme.

2 comentários:

Jôka P. disse...

Então está esclarecida a confusão entre as beldades do pulp-fiction, né, Olga !

Anônimo disse...

Gostaria de saber onde posso adquiri o livro Giselle - A Espena nua que abalou Paris.

Obrigado


novox34@yahoo.com.br
novox38@yahoo.com.br