26.3.12

40 anos atrás...



... era lançado O Poderoso Chefão, filme que dispensa comentários. Algumas fotos, abaixo, do set, feitas por Stephen Shapiro, que também registrou as gravações dos outros filmes da trilogia.






Difícil definir quem seria a criatura e o criador.





No começo, um casamento - mas nesta foto, Marlon Brando e James Caan posaram sem estarem completamente caracterizados para o filme.




Coppola dando instruções, enquanto uma extra olha para Brando, sabendo que muita gente neste mundo a inveja até hoje...



Becoming Don Vito Corleone (mas aí ele está a cara do protagonista de O Americano Feio, que fizera algum tempo antes)








Marlon Brando ganhou um atabaque no fim das filmagens. À direita, Talia Shire, irmã de Coppola, que interpretava Connie, a única filha de Don Corleone.







Coppola e George Lucas, seu sócio na Zoetrope, na casa dos Corleone.







Dirigindo o ator mais "difícil" do mundo.






Coppola e seus "meninos".










Don Corleone volta do hospital e, para dificultar ainda mais o trabalho dos maqueiros, a produção botou peso extra na maca.

Diane Keaton, mocinha caretinha, e Al Pacino, o cidadão exemplar, prontos para estrelarem a sequência.


13.3.12

Kit de sobrevivência


Artistas e intelectuais também vivem como reles mortais.
A lista acima é dos produtos que não podiam faltar na casa de campo de Margueritte Duras. Como ela explicava:

"Em Neauphle-le Château, na minha casa de campo, fiz uma lista de produtos que sempre deveria ter em casa. Havia cerca de 25. Mantive a lista porque fui eu que a escrevi. Ela continua é exaustiva. A lista ainda está lá, na parede. Não foi adicionado qualquer produto aos que estão ali. Nenhum produto novo, criado depois de vinte anos do estabelecimento desta lista, foi adotado".

Os produtos que estão na relação de la Duras (muito mais que 25, o que prova que números, para ela, eram apenas referência) são os seguintes:

- sal
- sal grosso
- pimentas
- ovos
- açúcar
- café
- batatas
- alvejante
- desinfetante
- patês
- molho de peixe
- cebola
- alho
- pão
- queijo
- farinha
- chá
- Nescafé
- vinho
- sobonete
- sabão
- óleo
- vinagre
- cigarros
- fósforos
- papel higiênico
- tomates sem pele
- lâmpadas
- comida de gato
- iogurte
- queijos
- manteiga
- leite
- cristais
- esponja de aço
- esponja
- filtros de papel para café
- fita isolante
- panos de limpeza
- fusíveis

E na sua casa, quais são os produtos necessários para a sobrevivência básica?
Na minha são:

- pão
- mate
- água
- sal
- ovos
- sabonete
- sabão em pó
- detergente de pia
- água sanitária
- desinfetante com perfume de lavanda
- álcool
- panos de chão
- panos de prato
- panos de pó
- esponja
- xampu
- pasta de dentes
- ralos em todos os cantos
- velas (falta luz em Botafogo)
- Hipoglós
- Pomada Minâncora
- tesoura
- linhs e agulhas
- lâmpadas (sempre tem alguma queimando)
- comida de gato
- comida para passarinhos
- pão
- requeijão
- margarina
- arroz
- arroz arbório
- alface
- rúcula
- tomates (com ou sem pele)
- alho
- cebola
- macarrão
- batatas
- azeite
- vinagre
- queijo minas
- polpa de tomate
- pimentão
- manjericão
- orégano
- limão
- shoyu
- papel higiênico

Junte com um pouco de sol, livros, plantas + música ... e... é só morar!!!

Na minha casa falta ordem, sobra o caos.
Quando foi que me tornei tão desesperadamente desorganizada? Quando deixei aflorar um adolescente malcriado em mim? O único problema é que não tenho mais mãe para arrumar minha bagunça de meia-idade. Aliás, jamais tive. Minha mãe simplesmente não admitia bagunça. Nem sequer a palavra. Como era gíria, e eu era terminantemente proibida de proferir gírias, havia a possibilidade de "desarrumação", jamais probabilidade e nunca bagunça.
Mas o tempo passou e a bagunça impera em minha vida.
Tenho tantos pés únicos de meias, pares descasados, que pareço viver com sacis. Por que guardo sempre os pés descasados dessas meias estampadas? Porque quem sabe um dia o outro pé surgirá? Para onde vão esses pés de meia, ninguém sabe ou explica. Porque mantenho os pés "solteiros"? Deve haver uma razão muito freudiana para isso.
Tenho certeza de que no dia em que jogar fora todas as tranqueiras que embolam minha vida nada vai mudar. Arrumarei lugar para acumular mais porcariada sem
qualquer utilidade.
Engraçado que a tranqueira alheia a gente consegue desmantelar, jogar fora, dar um jeito, exatamente como vê todas as possibilidades de resolução dos problemas alheios. Será que é mesmo tão fácil encontrar saídas na vida? Hoje tá difícil levar o dia pra frente.