30.5.11




Ando escrevendo pouco pelaqui, vítima de algo que pode ser bursite ou tendinite, mas que doi bastante para eu limitar meu dedilhado ao absolutamente necessário.
Mas não podia deixar de registrar que maio chega ao fim e, provavelmente, encerra com ele meu período de inferno astral hidráulico-eletrônico doméstico. Ao longo do mês que passou minha máquina de lavar roupa se incendiou (o capacitor pegou fogo mesmo: instada por minha filha, joguei água nas chamas, e deu tudo certo), a geladeira deitava água fora (um cano que entupiu, já aprendi a consertar), o computador recebeu uma cavalaria de troianos ansiosos por se apoderar de toda a máquina, o aquecedor parou de esquentar (naturalmente nos dias em que começou a fazer frio) e uma válvula de caixa d'água de descarga quebrou-se, inundando um banheiro inteiro.
Espero que o Poltergeist vá procurar outra casa pra assombrar e que esse período seja o prenúncio de uma era de tranquilidade, prosperidade e menos dissabores. Porque, vamos combinar, já deu, né?


25.5.11

Uma injeção de endorfina

What's That Man Holding In His Hand?
He Looks A Lot Like A Guy I Knew Way Back ...

Macca, my dear, you must return to Rio and do play a lot more of silly love songs...

Nem dá muito pra falar sobre a delícia que foi viver domingo, 22 de maio, em pleno Engenhão.
Só em tópicos.

. Show maravilhoso, som fantástico.
. Noite linda, lua nascendo amarelinha, subindo entre a bela estrutura do estádio.
. Mesmo na incomensurável distância das arquibancadas - minha estreia off ground - um espetáculo grandioso. Jamais vi um palco tão longínquo.
. O melhor de tudo: ao lado de três dos meus filhotes que curtiram tanto ou mais ainda do que eu.
. Ah, e foi incrivelmente melhor do que o show que vi 21 anos atrás no Maracanã.
. Paul in fantastic shape, cantando bem - deve ter aula de técnica vocal a cada meia hora, impressionante. Simpático e fantástico.
. Lágrimas na abertura, no Hello. Goodbye! O velhinho sabe jogar pra plateia.
. Quem não se emocionou com Something tem coração de tungstênio.
. Live and let die levanta defunto. Fenomenal.
. Boa banda.
. Público mais família impossível. Meninas abraçando as mães, avôs beijando as avós. Uma jovem descendo as arquibancada atrás de mim, indo ao encontro dos pais, eufórica: "Chorei o tempo todo". Eu tomei ansiolítico e consegui chorar somente no início, no meio, em Lady Madonna (afinal, tinha children on my knees), em Something, The Long and Widing Road e em The End.
. As mãos ficaram vermelhíssimas de tanto batermos palmas.
. São seis aneis de subida até as arquibancadas do Engenhão.
. Antes do show, filmes e fotos de Beatles, Wings, filhos e Linda (muitas, muitas); é duro ser a sucessora da falecida Mrs McCartney.
. Rumores garantem que o noivado recente impediu que My Love e Maybe I'm Amazed entrassem no set list carioca. Em São Paulo, ano passado, quando ele tocou a primeira, o público gritou "Linda, Linda, Linda". Fica chato pra atual noiva mesmo. Mas mais chato ainda pra nós, que queríamos ouvir, né?
. Volta logo, tá?

21.5.11



Macca já se acariocou. Passeou de bicicleta, sentou-se na grama do Aterro sob o sol. Amanhã, vamos ver, né?
21 anos depois, enfrento trem da Central pra vislumbrar Sir Paul, um encantamento que me arrebatou na primeira infância, quando assisti a Help. E, desta vez, vou bem acompanhada, por minha prole quase completa. A melhor mandinga pra acabar com uma fase ruinzinha da vida!!!!

Na foto, Paul com a jovem noivinha. Será que desta vez ele faz pacto pré-nupcial ou cai em outro golpe do baú?