29.9.05

Separações

Meu bravo Pentium travou há dois dias. Hoje, vai pro estaleiro.
Olha que eu chego em casa e nem mexo na máquina, mas só a possibilidade de estarmos separados me provoca imensa dor.
E minha noite promete: os filhotes têm que acordar às 5 da manhã e viajam em excursão para São Paulo, onde entenderão o Brasil no contexto da América Latina, seja lá o que isso quer significar. Vão ficar agitadíssimos e ninguém dormirá direito, claro! Para eles, a viagem é uma farra maravilhosa, embora professores e a diretora da escola sejam os guardiões dos 100 petizes de 10 a 14 anos. Para os pais, uma punhalada nas finanças, que só decidi fazer esta semana, ao receber a indenização trabalhista, como presente de aniversário, Natal, Ano Novo, Carnaval e Páscoa.
Para expiar minha culpa judaico-cristã por mimar meus filhos, dei uma esmola polpuda a uma mãe com um bebê, sentada na escadaria da igreja de Santa Luzia. Não foi bondade, não, nem generosidade. É culpa mesmo.

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