1.12.05


Que calor!!!!
Agora que sou Brigitte, dá bem vontade de viver trajada a caráter!
Até as 14h, sobrevivemos a um conto do vigário ou assalto em casa.
Um vigarista entrou no prédio dizendo que ia verificar canalização em busca de infiltrações. Ainda bem que Vanúzia é sagaz e me ligou para confirmar se eu havia tratado alguma coisa com o cara, que saiu furibundo quando ela se recusou a permitir sua entrada. Então, foi para outro apartamento, onde desmontou uma torneira, em busca de falsos vazamentos, levando 200 reais de uma vizinha, dizendo que compraria material para o conserto. Não voltou.
Na rua, Vanúzia viu dois motoqueiros arrebentarem a janela de um carro e levar a bolsa de uma mulher. Semana passada, dei carona de táxi a uma senhora que acabara de ser assaltada com arma em punho, ao sair do banco. Ontem, um ônibus foi incendiado por bandidos sem qualquer motivo aparente, num dos atos mais bestas entre as muitas selvagerias que esta cidade já aturou.
Não dá vontade de voltar no tempo áureo de BB reinando no imaginário masculino? Bem que disseram que os golpes do rapaz retratado por Leonardo DiCaprio em "Catch me if you can" só deram certo porque era a década de 60, uma época em que as pessoas confiavam nas outras. Como seria bom confiar nos outros e fazer um striking de protesto!

6 comentários:

Anônimo disse...

Retribundo a visita! Gostei deste espaço aqui e voltarei! :)

BelowGrade disse...

Sobre essa coisa de confiança... Ontem tava vando uma especial sobre pessoas da atualidade que construiram imperios do nada, e um dos entrevistados foi o sujeitinho que inventou o Ebay.
Ebay foi basicamente um projeto de garagem, que dois nerdinhos iniciaram e virou um monstro de sucesso, rendendo a eles zilhoes de dolares.
Mas a coisa mais legal da entrevista é que ele diz que construi o sistema inteiro partindo da premissa de que o ser humano é essencialmente bom e digno de confiança, por que comprar e vender no Ebay, é na verdade um exercício de confiar na boa fé de quem comra e de quem vende.
Achei isso interessantíssimo.
Me deixou pensando... talves nós sejamos muito pessimistas e desconfiadas.

Olga de Mello disse...

Cintia, fiquei um tempão com problemas no meu computador. Agora é que posso responder.
Ainda confio muito nas pessoas. Em algumas vezes me dou mal, mas na maioria das vezes me dou bem. O negócio é confiar, mas só abrir parte do coração. difícil de avaliar, não?

Olga de Mello disse...

Volte sempre, Marcelo. Eu sempre passeio no Pentimento, ao qual fui atraída pelo título, primeiramente (teve época, há uns mil anos, quando o livro da Lilian Hellman foi publicado no Brasil, que eu fiquei maníaca por ela, pelos relatos, pelos personagens dela). Depois, vi que vc era um dos reco do Paulot. Mas até me manifestar, demoro. Beijo!

BelowGrade disse...

Eu nunca fui muito boa nessa coisa de avaliar e abrir apenas parte do coração. Meu approach ao longo da vida sempre foi o desastrado.
Vou confiando, abrindo tudo, sem segredos nem reservas, e se me der mal, eu aprendi a catar os pedaços da alma de forma rápida e silenciosa.
Felizmente foram raras as ocasióes em que me dei extremamente mal.

Olga de Mello disse...

O que vale é isso, né, Cintia? Se a gente se estrepasse a cada novo conhecimento...
Mas aprendi, depois de alguns trancos, que principalmente no campo profissional não dá pra gente se mostrar pessoalmente sem cautela. Por felicidade, tive um grupo de trabalho recente que solidificou em amizade um conhecimento anterior. Mas isso é raro.
Já em relação às relações pessoais, é totalmente diferente. A gente deve mais é se dar totalmente mesmo.