22.2.06

Good night and good luck

Fui com tudo pra gostar. Tema, bons atores, trilha sonora exata com o vigor de Dianne Reeves e uma jazz band. Mas o tom documental demais, com poucos momentos emotivos, todo mundo tenso e contido como os adultos daquela época eram - a ponto de esconderem até seus casamentos -, não me tocou. O melhor é o título. A interpretação de David Strathairn. A ponta de Robert Downey Jr (é sempre um prazer vê-lo).
(Surpresa foi a voz de Phillip Seymour Hoffman no trailler de "Capote". O que é aquilo, meu Deus? Ele está falando em falsete, ele que tem um belo tom grave... Parece que realmente Capote encarnou nele. E deu MUITA vontade de assistir a "Match Point". Correndo. Apesar da Scarlet Johanssen).
O melhor filme sobre jornalismo talvez seja o ficcional "A Montanha dos Sete Abutres". Seguido pela versão de Billy Wilder para "A Primeira Página". Do George Clooney, prefiro a "Mente Perigosa", mais dinâmico. Mas parece que ela adora o tom noir dos filmes da década de 50, aquela estética Elia Kazan, dedurismo à parte. Agora, o que é a voz de Dianne Reeves? A gente fica lendo créditos intermináveis só para ouvir "One for my babe". O filme tem valor político, claro, neste momento do expansionismo bushiano. Fotografia boa, cenários cuidados. Só faltou emoção. Igual a um jornal.

2 comentários:

Anônimo disse...

Por que "apesar da Scarlet Johansson", meu Deus? rs
Em tempo: "A montanha dos sete abutres" de fato é "o" grande filme sobre jornalismo. Nisso concordamos totalmente!

Olga de Mello disse...

Ai, outro apaixonado pela lourinha... Concordo que ela é boa atriz, mas, mesmo assim, eu a acho chata. É implicância mesmo. Ela está ótima no filme do Woody Allen. Foi bem levada por ele, fez uma perfeita "mulher Woody Allen". Mas acho-a chatinha. Igual ao "mocinho" do filme do Woody Allen. Beijo!