
Vez por outra, dou sorte, só acendem as de citronela.
Fica um perfume adocicado até que volta a energia. Saio a computar os estragos em móveis e o fim de minhas velinhas redondas, cheias de desenhos bonitos, as que um dia tiveram pétalas como florzinhas.
Refeições à luz de velas, nem pensar.
Sou míope e praticamente sofro cegueira noturna. Irrita-me profundamente não conseguir perceber o que estou para ingerir.
Banheira cheia com pétalas de flores cercada por candle light é impossível também. Belíssima imagem, mas realidade angustiante. E se alguma das chamas atingir um pote plástico de xampu? Relaxar dentro da água é impossível, já que a banheira não será automaticamente lavada após a imersão.
Outro dia ganhei uma linda vela decorada pelas irmãs clarissas, presente de uma amiga carismática. A primeira providência, depois de acendê-la, foi remover a figurinha de Santo Antônio para que não queimasse com a vela que custaria muito a se acabar, de 7 ou tantos mais dias. A amiga carismática passou-me um pito, a vela tinha que queimar junto com o santinho.
Tentamos colar o santo na cera, não deu certo e, de repente, o pavio estava fora da cera.
Com o auxílio de uma caixa de fósforos inteira, consegui acender a vela, lembrando-me das experiências descritas em almanaques e no Thesouro da Juventude.
Simplesmente a vela queimou quase toda em pouco menos de meia hora. Foi cera para todo o lado e queimaduras nos dedos dos incautos que tentavam removê-la.
Paranóicos nunca alcançarão a felicidade zen.
Um comentário:
Eu adoro velas, mas só acendo as comuns e pequenas e em lugares onde não vejo muito perigo e posso ficar de olho. Morro de medo dessas outras, principalmente, a de 7 dias. Uma vez quase pus fogo na casa com ela. Nunca mais. :)
Luz pra vc.
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