28.9.06

No escurinho do cinema


Juntar atores e amadores que falam meia dúzia de idiomas diferentes, mostrar o horror do imperialismo, do preconceito e da falta de comunicação. Tudo isso com bela fotografia, comoventes interpretações e histórias entrecortadas que tocam o coração. Desta vez Alejandro Iñarritu conseguirá mais do que indicações pro Oscar. "Babel" é seu filme mais linear, de um didatismo tão óbvio que chega a irritar. Com "Traffic", Soderbergh foi bem mais contundente - apesar do juiz do Michael Douglas ser muito clichezão. "Babel" tem Brad Pitt menos belo representando o americano dono do mundo.
É um filme daqueles que a gente não sabe se gostou. Bem pensado, bem acabado, bem feito. Mas e daí? Parece que sofre da síndrome de "Crash" - a gente critica, mas tempera com um pouco de amor e carinho. Isso assinado por um mexicano que estranha o fato de cariocas serem um povo que se agarra muito ... Estranho é um latino não estar acostumado a beijos, abraços e muito carinho.

Um comentário:

Taia disse...

Não vi nenhum filme ainda...uma pena.
Beijo