13.11.07

O pecado


Assistindo ao edificante reality show "Brasil's next top model", onde belas mocinhas magriças disputam um lugar sob os refletores, constato que a estética realmente vence qualquer tipo de desvio de caráter. No episódio da semana passada, uma das concorrentes, que fotografa mal, é baixa, tem o corpo coberto por tatuagens e, não apenas pelo tipo físico, faz o gênero bad girl, deu chiliques contínuos e sucessivos, absolutamente descontrolada. Sempre que ela aparece está chorando, brigando, falando mal de todas as outras gurias, que se afastam da descompensada.
Os jurados, no entanto, preferiram eliminar uma moça mais alta, muito mais bonita, e doce. Afinal, a desprezada incorreu em um descomprometimento grave para a carreira de cabide andante: gosta de comer e "engordou", ou seja, passou dos 50 quilos distribuídos por quase 1,80m para 51 kg.
Segundo a psicóloga Joana Vilhena de Moraes, coordenadora do Núcleo das Doenças da Beleza da PUC, estar acima do peso virou transgressão no Terceiro Milênio. E não é pelo aspecto da saúde, não. É estético mesmo. Melhor ser ridícula, como algumas atrizes e apresentadoras de TV, do que incorrer no grave pecado de permitir que o tempo imprima marcas no organismo.

4 comentários:

Juliana Aquino disse...

Hummmmmmmm
Então estou fora de moda...
Vi o episódio do programa "comandado" pela sobrancelha ambulante e achei o fim... essa chorona tá um pé no sacooooo!
beijocas Olga!

Kristal disse...

Assisti a alguns episódios dessa série, assim como da série original americana.
Na brasileira a maioria das moças está acima do peso para um manequim, são roliças e têm umas carinhas cafonas de atendentes de apart-hotel.

Olga de Mello disse...

Eu acho as modelos-manequins da atualidade com pouquíssimo glamour.

Anônimo disse...

E essa chorona baixinha que faz um tipo andrógino é (ou era até então) uma das preferidas do Hercovich. Mas só assisti esse dia. :)