19.2.08

Já não era sem tempo, né?

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Ontem morreu o Alain Robbe-Grillet, o papa do nouveau romain, uma escola literária francesa que teve como expoente a Marguerite Duras, essa sim uma romancista.
Lógico que eu, metida pacas, tentei ler um livro dele, aos 20 anos. Acabara de assistir ao "Ano Passado em Marienbad" e questionava minha capacidade de compreensão, depois de ver e ler tanto experimentalismo junto (depois, li "A Invenção de Morel", no qual "Marienbad" foi baseado. Aí, entendi o filme direitinho).
Pois bem, qualquer coisa do Robbe-Grillet faz a gente se sentir totalmente idiota pelo tempo despendido no exercício inútil de buscar lógica no experimentalismo. Sua morte e a despedida de Fidel marcam o fim de uma era que associo a meus pais, da mesma geração que o escritor e o ex-revolucionário. Um tempo em que se tentava reescrever o mundo.
Hoje, sabemos que no fim tudo acaba no confirmismo totalitário mesmo.

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