21.7.10

Cafeína blues

Sim, eu confesso, tenho um vício.
Sou dependente de cafeína.
Ingiro doses industriais há quase 50 anos.
Sempre tomei mate em case. Cada vez mais e mais forte.
Houve o tempo do café, que abandonei há 22 anos, na gravidez.
E aí, chegou a coca light. Que virou Zero, com muito mais cafeína.
Descobri que era bom pra prevenir Alzheimer.
Que era bom para a memória.
Então, dois meses atrás, meu coração resolveu bater intensamente.
Jamais imaginei que meu corpo seria tão ingrato comigo.
Agora, meu coração palpita arrítmico, incômodo.
E a culpa é da cafeína em excesso.
Do stress.
Da vida dedicada ao trabalho constante.
(Cresci ouvindo que trabalhar não apenas era preciso, mas um traço de valor na conduta humana).
Agora, tenho que mudar minha conduta.
Trabalhar é necessário, mas não pode ser mais desejável, aprazível.
Porque o corpo não aguenta.
Ah, corpo traidor...
Me deixar na mão justo agora.
Como é que este coração faz uma dessas comigo?
E como é que eu vou viver sem cafeína?

3 comentários:

Jôka P. disse...

Sou viciado em afeto. Atenção.
Quando consigo o meu objetivo, tenho uma sensação de que não sou merecedor. Sabe essa linha?

Olga de Mello disse...

Ah, tá vendo como é mais fácil depender de cafeína?
Mas vc merece afeto, amor, carinho, sim, tá, louro?ap

Jôka P. disse...

Ah, também sou viciado em macarrão.
Aí ferrou, né, Olguita?