30.8.10

Emmy 2010

O blog anda meio largado, mas domingo teve Emmy, com aquele desfile de trajes típicos do star system. Urge, então, que venham aqui minhas observações a respeito da festa, que transcorreu sem incidentes, com os mesmos sorrisos amarelos de todos os anos.
A cor da vez foram os tons de chumbo que os seres masculinos definem como cinza, mas que mulheres e gays chamam de grafitti, chumbo, carbono e demais designações comuns também a cores de esmaltes de unha. Aliás, uma curiosidade. Raras são as estrelas que combinam a coloração das unhas com a dos vestidos, em Hollywood.
Sobraram ainda as referências egipto-greco-romanas.
Sem grandes surpresas, mas com vestes surpreendentes. Como sempre.
Este post só existe devido ao auxílio e à argúcia de Sol, que sempre descobre pérolas do bem trajar enquanto acompanhamos o eveiiiiinto.




Por que abrir com George Clooney? Ora, porque além de charmoso, bonito, simpático e inteligente, ele foi bem arrumadinho, como manda o figurino. No passado, já teve mulletts, mas hoje é um senhor muito cioso de sua função, a de Cary Grant da atualidade.

Não sei quem é esta moça, invejo-lhe a beleza, o sorriso e a coragem de completar a embolação verde da parte inferior do vestido com o penteado Marge Simpson.

Ty Burrell e mulher, inspirados, certamente, em Rett Butler e Scarlett O'Hara.
Amy Poeler, num drapeado greco-monroeniano, e Will Arnett

Tina Fey, que quase sempre acerta.
Eric Stonestreet era uma zebra tão grande que sequer arrumou uma gravatinha para subir ao palco e ganhar seu Emmy.
Tem sempre alguém que se veste de panela. Desta vez foi Wanda Sykes.

Esta moça do Mad Men, é, como disse a Sol, uma Mad Woman. Todos os anos ela tenta ser a mais mal vestida das festas. Não conseguiu, mas caprichou no decote e nas peninhas.


Para compensar a ausência de busto, a jovem ampliou as ombreiras.



Glenn Close, verde acinzentado, digno.

Ainda bem que Toni Colette é muito mais atriz do que belezinha. Precisava dessas madeixas? Ou que o vestido (acinzentado, claro) tivesse este aspecto de sujo pela lama na qual a condenada chafurdou até o patíbulo?

Existe algum especialista em trajes em Hollywood que ODEIA mulheres gordas. Sempre, em qualquer dessas premiações, ele consegue enfiar algo nessas moças de modo a torná-las disformes, geralmente com uma refererência greco-egípcia.

Outra ninfa egípcia.
Scott Bakula - com a mulher aproveitando o vestido de noiva - e a gravatinha gaiata.
Alan Cummings, tranquilo porque Johnny Depp não apareceu para concorrer com ele como o mais mal vestido, digo, extravagante da festa.
Há quem insista no balonê, algo que só cai bem em crianças. Muito pequenas. Assim, fica uma odalisca mal resolvida.

A mocinha de Glee, bem Southern Belle.

Faltou exuberância natural na releitura pink de Marilyn Monroe no Pecado Mora ao Lado, envergada por Keri Russell.

Juliana Margulies, simplesinha e bonita.

Quem se veste assim, merece um repeteco.
Sofia Vergara, a mais bela entre as belas.

Lea Michelle, chatérrima em Glee, uma graça no tapete vermelho, com babados em profusão e um verdadeiro guardanapo de brilhantes no pescoço.

Claire Danes, solar.
Kelly Osbourne tentou ser mais do que punk, mas ficou parecendo que roubou o estofado do sofá.

Nada ou ninguém bateu January Jones. Com o bustier trabalhado em conchas, este vestido entra para a galeria das piores escolhas em roupa de todos os tempos, próximo ao hors concours cisne da Bjork. Um comentarista resumiu a respeito disso, com propriedade: "This doesn't work at all".

David Straithan, simplesinho.

Emily Blunt, bem... digamos assim... festa de formatura da década de 50, talvez? O marido, Jon Kasinski, usou a gravatinha borboleta da prom, pra combinar.

O vestido coral de Maura Tierney quebraram a hegemonia cinzenta. Cabelos curtinhos mais que justificáveis - ela está se tratando de um câncer.

Heidi Klum queria mostrar que estava em forma depois da quarta ou quinta gravidez.

A jovem esqueceu das calças do pijama.
Descabelada, desconsolada. Ouviu dizerem que o vestido era uma atrocidade.

O quesito Cortinado de Carro Fúnebre foi brilhantemente representado pela Emily Deschanels.
A noção de vida eterna, vampirismo, essas lendas, tudo vem do Egito, inspiração máxima para a roupa de Anna Paquin.
Jennifer Westfeld, também plúmbea.
Uma coisa eu admiro nesta moça - a coragem. O vestido é daquele comprimento apropriadíssimo para filmes situados nos anos 50 ou como um cisne negro no Lago dos Cisnes. O coque, que já foi moda, deveria ter sido extinto junto com o misógino que o criou.

Usei muito maiô inteiro "engana-mamãe". Na praia, cabe. Não combina é com longo de gala.

Sim, um pretinho básico pode salvar a vida de qualquer uma, mas não o da Eddie Falco, que estava completamente desenxabida envergando a veste de luto de rainha tebana.

Outra grega de branco.
Al Pacino levando mais uma estatuetinha pra casa, onde fez bronzeamento artificial para combinar com a negritude capilar.

2 comentários:

Solange Noronha disse...

Desculpe a demora para comentar. Continuo entupida (e,hoje, às voltas com uma pilha de jornais que não dei conta de ler durante a semana). Agora, estou te seguindo "Na Ponta da Língua"...
Beijão!

Luciana disse...

A segunda foto é da lindíssima Gleek Naya Rivera.