30.1.13

Minhas férias



Faz muitos anos que não escrevo uma redação sobre as minhas férias. Era o tema recorrente durante todo o curso primário. Professores de Português jamais pensaram em nada menos convencional do que botar as pobres criancinhas relatando como haviam se divertido durante os três meses distantes das salas de 

Falar sobre as férias me dá a sensação de que elas se prolongarão, como um recreio estendido - delícia da vida de estudante. Momentos de júbilo absoluto por não fazer nada. 
No primeiro momento das férias, eufórica por não ter o que fazer, subi a Serra e por lá permaneci uns cinco breves dias, sob o solzinho, na piscina, comendo do bom e do melhor, sendo mimada e trocando carinhos com amigos queridos. 
De volta a São Sebastião, li um pouco. Vi um bocado de filmes antigões, visitei amigos, recebi visitas. Arrumei livros nas estantes. Fui a um funeral. Assisti à defesa de dissertação de mestrado de minha sócia-amiga-irmã. Redescobri o prazer de acordar após as 9 da manhã. Conversei com meus filhos. Fui à exposição dos Impressionistas.
Não fui ao médico.
Não renovei a carteira de motorista.
Não renovei meu passaporte, nem a carteira de identidade.
Não resolvi problemas bancários.
Mas ainda faltam três dias úteis para eu encher com burocracias nas férias.
Depois, volto à vida de sempre, com uma breve parada, porque o Carnaval chega e exige mais descanso.
É bom ser brasileiro.
Vou me recostar e folhear Macunaíma.



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