10.9.13

A dominação




Eu vejo a imagem de uma linda jovem com um vestido que deve custar muitos dinheiros, diáfano, belo como a modelo, que exibe pernas finas sobre saltos altíssimos, compondo um quadro de mocinha desconcertada pela própria natureza da vida. É essa a mulher de hoje. Bela, alva, esbelta e insegura como crianças. O oposto, a mulher “resolvida”, tem seios fartos, quadris imensos e coxas descomunais, tudo bem exposto porque sua imagem é a da brutalidade, a de que seu único objetivo na vida está na obtenção do prazer sexual. .
A princesinha, ao contrário, será a presa fácil da fantasia masculina de dominação - ou até da corte, desde que ele siga o modelo de homem maduro, pronto a "ensinar" a menina os segredos da existência. As modelos poderosas dos anos 50/60 tornaram-se tão frágeis e infantilizadas como as princesinhas da Disney, impingidas às meninas hoje como o sonho dourado de um casamento espetacular.

Aos homens resta pagar por essas armadilhas do capitalismo. Claro que por trás disso tudo há muito dinheiro. A roupinha da ninfeta é tão cara quanto a preparação do corpo da popozuda. Quem vai custear essa vida artificial, desconcertante como o desalento das manequins ou o exagero das cachorras? Ah, mulheres, se aprumem! A vida é muito curta para cair nesse papo careta da meninice desamparada. Não acreditem em heroínas como a mulher do vampiro que jamais amadureceu ou a jovem que encontra um milionário sádico para chamar de príncipe encantado. Divirtam-se, vão à luta. Essas mocinhas posando de frágeis ou de animalescas sedentas por sexo estão trabalhando para ganhar muito dinheiro. Na vida real, elas são mulheres que negociam contratos com excelente retorno financeiro para se prestarem ao papel que o show business quer delas.
Talento é outra coisa. Isso é apenas empresariar. Não é arte, não é atitude. É mercado. É economia. Só. 

Um comentário:

JAWS disse...

Bela, alva, esbelta... e insípida.