2.3.20

Franco Zefirelli

Ninguém me fez chorar mais no cinema do que Zefirelli.
"O campeão" devia ser patrocinado por lenços de papel Yes (era assim, tá, que a gente chamava; como jeans, que era calça Lee). Dei vexame na crucificação de "Jesus de Nazaré". Quase que o vizinho de cadeira se ofereceu para me consolar.
E teve "A megera domada" pra rir, "Romeu e Julieta" pra nos apaixonarmos, o mais bonito de todos os Hamlets, com Mel Gibson doidinho. E "Callas forever", que lindeza de homenagem, Tá, teve aquela porcaria de "Amor sem fim". Mas e aquela delícia que foi "Chá com Mussolini", baseado em sua própria história de adolescente protegido por um grupo de velhotas inglesas?
Com Zefirelli se vai mais um bocado de delicadeza do planeta.

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