Não é minha primeira chuva no Balneário, longe disso. Afinal, cheguei aqui em finzinho de março, teve o temporal pavoroso de abril. Mas é a primeira chuvarada gelada, que faz a gente estremecer deliciosamente, que baixa a temperatura e também nos leva a imaginar onde poderão estar tênis e botas guardados em uma das 68 caixas de pertences volumosos (tem mais umas 30, de sapatos, com mil quinquilharias, e as 85 de livros).
A vida no lar temporário é tensa. Atualmente, só Agador se diverte, descobrindo esconderijos e fazendo escaladas que destroem caixas e arrumação. Os humanos se esbarram e resmungam que não dá para encontrar/arrumar nada. Uma pena, o apartamento tão lindinho servindo de depósito. Sou uma privilegiada por dispor de tanto espaço e à beira-mar enquanto aguardo o fim das obras na Oca, paradas desde o sumiço do último pedreiro. Não, não é encosto nem feitiço: segundo meu novo síndico, que é espírita, obras são assim mesmo, eu é que dei sorte nas últimas.
E a chuva enregela, venta furiosamente.
Sinto-me num daqueles filmes em PB, com Rita Hayworth ou Dorothy Lamour na Polinésia. Só na ambientação, claro, porque a única semelhança com Rita ou Dorothy nas imediações é a faixa etária da população à beira-mar.
Na foto, Dorothy Lamour e Jon Hall, interpretando um casal de nativos de Bora-Bora, Papete ou qualquer outra ilha, no filme "Furacão", de John Ford, em 1937, quando o mundo inteiro era habitado por gente de pele e/ou olhos claros.
A vida no lar temporário é tensa. Atualmente, só Agador se diverte, descobrindo esconderijos e fazendo escaladas que destroem caixas e arrumação. Os humanos se esbarram e resmungam que não dá para encontrar/arrumar nada. Uma pena, o apartamento tão lindinho servindo de depósito. Sou uma privilegiada por dispor de tanto espaço e à beira-mar enquanto aguardo o fim das obras na Oca, paradas desde o sumiço do último pedreiro. Não, não é encosto nem feitiço: segundo meu novo síndico, que é espírita, obras são assim mesmo, eu é que dei sorte nas últimas.
E a chuva enregela, venta furiosamente.
Sinto-me num daqueles filmes em PB, com Rita Hayworth ou Dorothy Lamour na Polinésia. Só na ambientação, claro, porque a única semelhança com Rita ou Dorothy nas imediações é a faixa etária da população à beira-mar.
Na foto, Dorothy Lamour e Jon Hall, interpretando um casal de nativos de Bora-Bora, Papete ou qualquer outra ilha, no filme "Furacão", de John Ford, em 1937, quando o mundo inteiro era habitado por gente de pele e/ou olhos claros.
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