24.5.06

  • Existem alguns lugares com clima igual ao do Rio de Janeiro desses dias. Recordo de dois ficcionais e uns reais. Os verdadeiros são Londres e aquelas ilhas geladas, que têm excelente produção cultural, talvez até pra compensar aquele tempinho desgraçado que enfrentam sempre. Os dois outros são Macondo, do Cem Anos de Solidão, e o planeta em que Obi Wan Kenobi vai buscar pistas do Anakin Skywalker, no segundo filme da série "Guerra nas Estrelas". Chovia tanto no set que dava pena dos dublês e dos atores. Uma das poucas coisas boas daquele filmeco.
  • Júlia deu um golpe na família inteira, forçando-nos a acolher provisoriamente uma gatinha muito mansinha que uma mulher ia jogando na rua. Tem uns quatro meses, é boazinha e linda. Mas não a quero, infelizmente, não tenho lugar para tanto bicho em casa. Por isso, apelo aos vinte habitués deste blog que recebam a bonitinha. Ela é uma graça, porém o abrigo São Francisco, como a Sol chama minha casa, está com sua capacidade esgotada. O plantel atualmente comporta três gatas (e a abrigada), uma tartaruga e cinco pássaros. Tá bom, né?
  • Desprovida momentaneamente de recursos para a manutenção dos confortos da vida moderna, aprendo a lidar com um computador defeituoso (apaga tanto que parece as usinas de Angra). Descobri há meses que existe vida sem telefone celular, embora não ter religado meu aparelho provoque imensa irritação nos conhecidos e amigos. Desde a entrada do celular em nossas vidas, a reação de quem telefona e não é atendido é sempre indignada. Não adianta dizer que o aparelho fora desligado porque começara a sessão de cinema ou porque o proprietário estava no banheiro. Já ouvi amigos dizendo que vão com o celular ao banheiro. Eu não levo celular ao banheiro, nem à praia. É uma questão de filosofia de vida. No banheiro, por razões lógicas, não quero ser interrompida. E praia com celular mata todo o conceito de esquecer o tempo e dolce far niente que o ambiente exige. Minha última privação é a TV a cabo, que só vou religar daqui a algumas pingadas de dinheiro. Na primeira noite sem os essenciais seriados da Warner e Sony, os episódios de séries infanto-juvenis indispensáveis para a formação de dogmas da sociedade de consumo norte-americana ou os fabulosos animés japoneses, nos reunimos (!) para assistir juntos ao "O Barato de Grace", no DVD. Pena que isso vá acabar antes do início da Copa...

2 comentários:

Anônimo disse...

Existe, sim, vida sem telefone celular - eu nunca possuí um e vou vivendo muito bem. Quanto a TV a cabo, pode ser que faça falta numa casa com adolescentes; eu, fora uns poucos seriados policiais, não assisto, tenho apenas porque, para manter meu blog no endereço já conhecido dos amigos, sou obrigada a manter meu provedor globo.com, o que me levou a ter Virtua como provedor de banda larga, e eles exigem que se faça pelo menos a assinatura mínima da NET. Mas pelo que vejo na programação não tenho a menor vontade de ampliar minha assinatura. Raros filmes bons, e quanod acontece um, o mesmo se repete meses a fio. Melhor ir à locadora alugar um filme da minha escolha.

Olga de Mello disse...

Sonia, eu acho que já lhe contei que só tive televisão depois dos 26 anos, quando saí da casa de meus pais. Hoje vejo o quanto se permite que a TV seja parte da vida. Bem, a NET já voltou a funcionar, então, o reencontro familiar se foi. Mas estou seriamente decidida a cortar alguns canais e manter o mínimo deles, pois é caro e absolutamente dispensável.