19.10.06

Epifania




... e ontem, a ficha caiu: sou uma mulher a caminho dos 50 anos.
Minha mãe preparou-se desde jovem para ser velha. Vestia roupas de mulher anacrônica, fora de moda, de época, de tanta vontade de parecer-se com a própria mãe.
Minha geração é a segunda a não querer reproduzir a mãe e a tentar ser igual à filha.
Pessoas em volta fazem lipo, musculação, pilates, redução de estômago, siliconam peito, cortam pelanca, mexem no rosto.
Eu não quero nada disso, mas a sabedoria da maturidade, por melhor que seja, não aniquilou minha curiosidade perante a vida.
Um amigo deprimiu-se ao completar 45 anos.
E eu ainda não havia me dado conta de que agora eu preciso ser definitiva. Adulta, madura, absoluta.
Foi mais fácil ser infalível aos 25.

Um comentário:

Jonas Prochownik disse...

Sua inteligência e lucidez não envelhecem.
Quanto as roupas, nada envelhece mais uma mulher que usar roupas jovens demais para a idade.
Tem que ser na medida certa.
As cores bonitas e suaves sempre dão um toque feliz na gente.
Beijo
Kristal