30.5.07

Programação homofóbica

É no mínimo incoveniente a programação do Telecine Emotion (que vai virar Light - já que nada na TV a cabo é em português, pois somos globalizados e bregas como a Barra da Tijuca) quando exibe um filme televisivo sobre os processos contra os padres pedófilos da Arquidiocese de Boston e, em seguida, a "Gaiola das Loucas".
É como se pusesse no mesmo saco a perversão dos pedófilos e a sátira desvairada gay.
Adoro "A Gaiola", tanto a versão original pra cinema, com o Ugo Tognazzi, quanto a segunda, do Mike Nichols, com Robin Williams, Nathan Lane e Gene Hackman, odeio pedófilos de qualquer tipo, e achei divina a fala de um dos padres do filme, que foi afastado da Igreja por ser gay. Interpretado pelo poderoso Brian Dennehy, ele diz "dizer que basta ser gay para ser pedófilo é o mesmo que considerar todos os negros viciados em crack".
Programar uma comédia gay logo depois de um filme de tribunal sobre pedofilia é muito, muito estranho. Parece um ataque (in)consciente das forças homofóbicas. Estou com a síndrome de Oliver Stone altíssima hoje...

3 comentários:

Sonia Sant'Anna disse...

dizer que basta ser gay para ser pedófilo é o mesmo que considerar todos os negros viciados em crack.
Concordo plenamente, mas será que a programação de um filme sobre gays logo após um filme sobre pedofilia tem mesmo intenções ocultas?

Kristal disse...

Dona Sonia, gay não tem absolutamente nada a ver com pedofilia, tá !

Anônimo disse...

Kristal, tenho certeza que Sonia quis dizer exatamente isso, que gays e pedofilia não são sinônimos, igual ao discurso que eu citava no texto.
A redação talvez tenha ficado confusa.
Sônia,como eu disse, estava um tanto ao quanto com síndrome de Oliver Stone, enxergando conspirações e propósitos em tudo..
beijo em ambas