25.1.08

No Valor Econômico, hoje


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Por Olga de Mello, para o Valor, do Rio

Quem será o novo "Harry Potter", pronto a converter jogadores de videogames em leitores? Qual enigma substituirá o "Código Da Vinci" com mistérios intrigantes para enredar um público ávido por aventuras? Investindo nos temas decorrentes das celebrações históricas e nas biografias de personagens cuja fama beira a lenda, como o mago Paulo Coelho, as editoras brasileiras já se lançaram em busca dos best sellers de 2008, na ressaca do início do ocaso dos dois maiores fenômenos editoriais dos últimos anos.


A chegada da família real portuguesa ao Brasil, o centenário de morte de Machado de Assis, 40 anos das manifestações de maio de 1968, o cotidiano das populações sob guerra, a vida de povos não europeus nem americanos e a literatura que eles produzem são as temáticas que norteiam o mercado - que comemora um crescimento de 15% nas vendas dos últimos meses de 2007 - impulsionadas pelo lançamento, em novembro, de "Harry Potter e as Relíquias da Morte", de J.K. Rowling (Rocco), com mais de 500 mil cópias vendidas.


Apesar dos bons resultados apresentados pelo mercado, há quem considere prematuro festejar o reaquecimento do setor. "Houve uma melhora generalizada no mercado, porém o livro ainda é visto como supérfluo no Brasil", afirma o vice-presidente da editora Campus/Elsevier, Henrique Farinha, observando que o segmento de livros técnicos retomou níveis que não eram alcançados desde 1995.


Ele reconhece os avanços na distribuição da produção por todo o país, além da abertura de novas livrarias e a chegada dos livros a pontos-de-venda dos quais eram mantidos a distância, como supermercados e lojas de departamentos populares.


"Sem sombra de dúvida o cenário melhorou muito, mas ainda não aconteceu uma explosão de vendas. Estamos recuperando um ritmo perdido', pondera. Em 2008, a Campus, que tem uma média de 260 lançamentos por ano, vai aumentar o catálogo de títulos jurídicos e de medicina, enquanto aguarda o novo grande tema na área de negócios: "O segmento é diluído tematicamente. Não existe um assunto novo. Vamos continuar com nossos lançamentos em finanças pessoais, o setor que mais cresceu nos últimos três anos, quando dobramos nosso catálogo", informa Farinha.

(Pra saber mais, vá no www.viverdaescrita.blogspot.com; a matéria é muuuuuuito grande!)

Um comentário:

dade amorim disse...

Vou lá ler o resto, Olga. Muito interessante, o texto. Beijo!