24.5.09


Nos idos anos 70, tomei meu primeiro contato imediato a sério com quem acreditava em vida nos outros planetas - e se preocupava realmente com isso. Havia uns doidos que procuravam UFOs nos céus de Casimiro de Abreu, mas Mrs Granchi, minha professora do 6° ano da Cultura Inglesa era diferente. Italiana, morena, trajada com blusões e saiões estampados, mãe de uma artista plástica, Irene Granchi militava pelo reconhecimento da importância dos ETs. E eu, como adolescente irreverente, comandava a turma no mais exuberante e total descrédito às fotos que Mrs Granchi nos mostrava de discos voadores.
Hoje, eu continuaria considerando Mrs Granchi pitoresca, uma Phoebe dos "Friends", mais velha e não tão bonita, porém jamais seria indesculpavelmente rude com a professora, que tratava a vida extraterrestre com fervor religioso.
Não fui ver a passagem do objeto mais que identificado de um artista plástico americano pelos céus do Rio. Achei uma tremenda bobagem.
Só valeu para recordar aquela época iconoclasta em que o politicamente correto inexistia e que a autocensura não me regulava.

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